
Jovem brasileiro-palestino de 17 anos morre em prisão israelense sem julgamento
2025-03-24
Autor: Maria
Na última segunda-feira (24), a morte de Walid Khaled Abdullah Ahmed, um jovem brasileiro-palestino de apenas 17 anos, foi confirmada pelas autoridades israelenses. Ele estava sob custódia na prisão de Megiddo, um local conhecido pelas denúncias de tortura e violações dos direitos humanos.
Walid, que nasceu em Silwad, na Cisjordânia Ocupada, foi detido em 30 de setembro de 2024 e estava sob prisão administrativa, um mecanismo considerado ilegal, utilizado pelas autoridades israelenses para aprisionar palestinos sem a necessidade de formalizar acusações ou promover um julgamento.
Embora as circunstâncias de sua morte ainda permaneçam obscuras, a Federação Árabe Palestina do Brasil (FEPAL) revelou que a negligência médica pode ter contribuído para o trágico desfecho. Este fato levanta sérias preocupações sobre as condições de detenção e o tratamento dado aos prisioneiros palestinos em Israel.
De acordo com reportagens do Middle East Eye, Walid é uma das mais de 60 vítimas palestinas que perderam a vida em centros de detenção israelenses desde outubro de 2023. A prisão de Megiddo já foi denunciada em diversas ocasiões, especialmente em 2024, quando relatos de tortura sistemática, incluindo violências sexuais e espancamentos, foram amplamente noticiados por veículos como o Haaretz e por diversas organizações de direitos humanos.
Esse trágico incidente não só destaca as tensões contínuas entre Israel e Palestina, mas também coloca em evidência as preocupações globais sobre abuso de direitos humanos em prisões. A indignação crescente leva a comunidade internacional a questionar o futuro do tratamento de prisioneiros palestinos e o impacto contínuo deste conflito.