Nação

Juiz de SP enganou por 40 anos com nome falso que nunca existiu!

2025-04-07

Autor: João

Uma reviravolta chocante na história do juiz aposentado José Eduardo Franco dos Reis, que conseguiu ludibriar o Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) por quatro longas décadas, foi revelada. O magistrado, agora desmascarado, utilizava uma identidade falsa e, para piorar, inventou um nome que simplesmente nunca esteve em registros oficiais.

As investigações conduzidas pela Polícia Civil, em parceria com o Instituto de Identificação Ricardo Gumbleton Daunt (IIRGD), trouxeram à tona os detalhes impactantes de uma das fraudes mais audaciosas dos últimos tempos. José Eduardo se apresentava como Edward Albert Lancelot Dodd Canterbury Caterham Wickfield, mas seu nome verdadeiro é José Eduardo.

Os especialistas do IIRGD descobriram que, apesar de ambas as identidades terem registros distintos no sistema, a biometria era a mesma, indicando que se tratava da mesma pessoa. Entre os documentos, uma das identidades não tinha certidão de nascimento válida, enquanto a outra foi autenticada por um cartório competente. Um laudo papiloscópico confirmou a farsa, deixando clara a gravidade da situação.

O juiz chegou a alegar em 1995, imediatamente após ser aprovado no concurso para juiz, que tinha ancestralidade ligada à aristocracia britânica e que teria residido na Inglaterra até os 25 anos. No entanto, a National Crime Agency (NCA) do Reino Unido refutou isso, pois não encontrou registros de qualquer um dos nomes mencionados nos sistemas britânicos, revelando mais uma vez a profundidade da mentira.

Com as evidências se acumulando, José Eduardo Franco dos Reis foi formalmente indiciado no dia 24 de janeiro de 2025 pelos crimes de uso de documento falso (de acordo com o artigo 304 do Código Penal) e falsidade ideológica (segundo o artigo 299 do Código Penal). O caso está sob sigilo no Poder Judiciário.

Para contextualizar, a fraude começou em setembro de 1980, quando o juiz obteve seu primeiro RG com o nome falso. A partir desse momento, ele pôde se matricular na Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP), onde se formou, e mais tarde ingressou na magistratura paulista, decidindo inúmeros processos sob a identidade falsa.

O escândalo veio à tona em outubro de 2024, quando ele tentou emitir uma segunda via da carteira de identidade no Poupatempo da Sé. A verificação das impressões digitais revelou a terrível duplicidade. A investigação também revelou que José Eduardo possuía dupla inscrição eleitoral e no Cadastro de Pessoas Físicas (CPF), além de ter utilizado um passaporte com o nome inventado para deixar o país após a descoberta da fraude.

Na última sexta-feira (4), em uma resposta imediata à gravidade das acusações, o presidente do TJ-SP decidiu suspender o pagamento da aposentadoria do magistrado, enquanto o tribunal aguarda a decisão judicial sobre o caso. O que mais essa história revelará? Qual o futuro de José Eduardo com todas essas evidências contra ele? Fiquem atentos, pois novas informações estão por vir!