'Kids Pretos' Pediram Código Malicioso ao Hacker Delgatti para Derrubar Urnas Eletrônicas!
2024-11-23
Autor: Julia
Uma recente revelação levantou grandes suspeitas sobre as tentativas de deslegitimação do sistema eleitoral brasileiro, especialmente por parte do ex-presidente Jair Bolsonaro e seus aliados mais próximos. Documentos e mensagens interceptadas pela Polícia Federal revelam que o hacker Walter Delgatti foi procurado por altas patentes militares e auxiliares de Bolsonaro para desenvolver um código malicioso que poderia comprometer as urnas eletrônicas nas eleições de 2022.
No dia 10 de novembro de 2022, o general Mario Fernandes se comunicou com o coronel Marcelo Câmara, chefe do serviço de espionagem clandestino de Bolsonaro, mencionando uma reunião com Delgatti. Essa conversa indica uma orquestração mais ampla para minar a credibilidade das urnas, um tema já bastante debatido publicamente por Bolsonaro e sua equipe apesar de não haver evidências concretas de fraudes nas urnas.
Os 'kids pretos', como são conhecidos os oficiais formados nas Forças Especiais, têm um histórico de infiltração e operações secretas, o que levanta sérios questionamentos sobre a ética e legalidade dessas ações. Esses oficiais utilizam um simbolismo próprio, como o uso de gorros pretos, que remete ao ocultamento de identidades e ações clandestinas, algo que se reflete nas tentativas de desestabilização do processo democrático no Brasil.
Delgatti, por sua vez, confirmou em depoimento que Bolsonaro o indicou diretamente ao Ministério da Defesa para conversas técnicas sobre as urnas eletrônicas. Segundo ele, a estratégia era demonstrar uma suposta vulnerabilidade nas urnas, utilizando métodos que já tinham sido discutidos anteriormente ao longo de suas reuniões. O hacker revelou a intenção de manipular uma urna e mostrar à população que era possível alterar os resultados das votações, uma manobra que claramente buscava semear a desconfiança no sistema.
Apesar de no relatório técnico do Ministério da Defesa não terem sido encontradas evidências de fraudes, as declarações de figuras importantes como Fernandes, ao referir-se ao hacker como "garoto", e as ligações entre eles intensificam a narrativa de um esquema bem arquitetado.
Essas comunicações se tornam ainda mais alarmantes quando se observa que, logo após a entrega do relatório ao Tribunal Superior Eleitoral, o Ministério da Defesa se apressou em esclarecer e reforçar que não eliminavam a possibilidade de fraudes, mesmo sem provas que sustentassem essa alegação.
Ademais, grupos de apoio a Bolsonaro continuaram a contestar o resultado das eleições, intensificando os movimentos sociais que, culminaram no ataque à sede dos Três Poderes em janeiro de 2023, apontando para um plano de ação que teria raízes nas discussões feitas em reuniões clandestinas.
Essa situação coloca em evidência a necessidade urgente de investigação e responsabilização dos envolvidos, além de um debate profundo sobre a saúde da democracia no Brasil e a proteção de suas instituições contra ações de desestabilização.