O Kremlin expressou sua disposição para avaliar qualquer proposta dos Estados Unidos visando um acordo de paz para pôr fim à guerra na Ucrânia, conforme declarado pelo ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergey Lavrov. A análise das propostas deve iniciar assim que Donald Trump assumir a presidência na próxima semana.

"Quando Trump, ao se tornar presidente, finalmente elaborar sua posição sobre a questão ucraniana, é evidente que iremos avaliá-la atentamente", afirmou Lavrov durante uma coletiva de imprensa. Essa declaração ressalta uma possível mudança nas dinâmicas diplomáticas entre Rússia e Estados Unidos sob a nova administração.

Na campanha eleitoral, Trump prometeu resolver o conflito de forma rápida, mas não detalhou suas estratégias. Em novembro de 2024, durante uma ligação com Vladimir Putin, Trump sugeriu ao líder russo que evitasse a escalada do conflito e discutiu a possibilidade de um alinhamento para "resolver a crise", segundo informações do The Washington Post.

Importante destacar que Trump já nomeou Richard Grenell, um de seus aliados de confiança, como enviado especial para a política externa, um movimento que pode sinalizar uma abordagem mais pragmática na resolução do conflito. Grenell apoia um acordo que preserve a integridade territorial da Ucrânia, mas que ao mesmo tempo permita a criação de "regiões autônomas" que operem sob a influência russa.

Essa nova configuração pode abrir um capítulo inédito nas relações internacionais, com observadores se perguntando se será possível atingir um consenso que evite mais derramamento de sangue e promova a estabilidade na região. Enquanto isso, a população da Ucrânia vive sob a constante sombra da guerra, ansiosa por um desfecho que traga paz e segurança.