A presidente do Palmeiras, Leila Pereira, está no olho do furacão após emprestar um avião à equipe do Vasco. A relação próxima entre Leila, dona da Crefisa, e a diretoria do clube carioca levantou questionamentos sobre a legitimidade dessa operação. Nos últimos meses, surgiram rumores de que o casal Pereira estava interessado em adquirir o clube de São Januário, com estudos sendo realizados para analisar a viabilidade financeira dessa aquisição.

Durante reuniões nos meses de maio e junho, em sessões do Conselho Deliberativo e do Conselho de Orientação e Fiscalização (COF), Leila negou qualquer possibilidade de parceria com o Vasco ou intenção de patrocínio. No entanto, apenas semanas depois, o empréstimo do aeronave ocorreu, provocando a ira de alguns membros do Palmeiras.

Além dos descontentamentos internos, a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e a Placar Linhas Aéreas, responsável pela operação do voo, tiveram que se explicar sobre a legalidade do empréstimo. No dia 2 de julho, um procedimento foi aberto pela Anac que solicita esclarecimentos sobre o uso do avião e observa que a Placar ainda estava sem todas as licenças necessárias para a operação, o que levanta bandeiras vermelhas sobre a regularidade da prática.

No dia 3, a Placar informou que todas as operações seriam realizadas sem custos para o Vasco, sendo totalmente custeadas pela empresa. Contudo, no dia 4, a Anac emitiu um alerta para o Vasco, destacando os riscos associados a uma operação dessa magnitude, incluindo a possibilidade de irregularidades legais que poderiam trazer graves consequências.

Essa situação levanta perguntas sobre a transparência nas relações entre o Palmeiras e suas parcerias reportadas, criando um ambiente de incerteza e desconfiança no meio esportivo. Especialistas alertam que este caso pode render cenas quentes nos tribunais e uma reavaliação das regulações de empréstimos entre clubes.