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Leonardo Surpreendido e Triste com Inclusão em 'Lista Suja' do Trabalho Análogo à Escravidão

2024-10-08

Autor: Gabriel

O renomado cantor sertanejo Leonardo Expressou sua indignação e tristeza ao descobrir que seu nome foi incluído na 'lista suja' de empregadores que submeteram trabalhadores a condições análogas à escravidão. A revelação ocorreu na tarde desta segunda-feira, 7, através de suas redes sociais, e o artista fez questão de esclarecer que a fiscalização ocorreu em uma "fazenda arrendada".

"Estou aqui, confesso que surpreso e muito triste. Meu nome está sendo vinculado nisso tudo. Em 2022, arrendei uma fazenda para permitir que o arrendatário plantasse o que quisesse", afirmou Leonardo, reforçando que não tem relação com os trabalhadores da propriedade: "E nisso, surgiram funcionários na fazenda que eu arrendei, que eu não conheço, nunca ouvi falar e nunca vi".

Apesar de suas explicações, o cantor recebeu uma multa em função da situação, a qual ele afirmou já ter sido paga e o processo, arquivado. A Fazenda Talismã, situada em Jussara (GO), foi listada com o registro de seis trabalhadores envolvidos em condições irregulares.

Leonardo destacou ainda que, ao ser visitado pelo Ministério Público do Trabalho, fez questão de recebê-los bem e de esclarecer a situação de sua propriedade. "A multa veio até de uma fazenda que eu não era o proprietário, da Fazenda Talismã, enquanto a Fazenda Lakanka estava sob minha arrendamento. Aceitamos a decisão do Ministério Público, mas a multa me pegou de surpresa", comentou o cantor, de 61 anos.

Ele também se posicionou fortemente contra qualquer forma de trabalho análogo à escravidão, afirmando categoricamente que "jamais" tomaria tais atitudes. "Não conheço quem estava lá naquelas casinhas, quem os colocou. Eu já plantei tomate, sei como é. A vida é difícil lá. Jamais faria isso. Acho que houve um equívoco muito grande sobre minha pessoa. O Brasil todo me conhece, sabe da minha idoneidade. Isso é algo que meu pai e minha mãe me deixaram de herança e sou totalmente contra esse tipo de coisa", afirmou.

A 'lista suja' divulgada recentemente contém um total de 727 nomes. Entre os 176 novos inclusos, 22 empregadores pertencem ao setor de produção de carvão vegetal, 17 à criação de bovinos, 14 à extração de minerais e 11 ao cultivo de café e à construção civil, entre outros segmentos. Além disso, a atualização da lista incluiu a remoção de 85 empregadores que completaram dois anos de inclusão no cadastro.

Cabe destacar que a relação é atualizada a cada seis meses. O Ministério do Trabalho e Emprego afirma que a inclusão de empregadores ocorre somente após a conclusão de um processo administrativo que julga o auto específico de trabalho análogo à escravidão, resultando em uma decisão irrecorrível de procedência. É importante que a sociedade continue atenta a esses temas, pois a luta contra o trabalho escravo é um direito humano fundamental.