Você já se imaginou dentro de um carro autônomo, sem motorista, esperando para chegar ao seu destino? Essa experiência já é uma realidade em algumas cidades dos Estados Unidos e nos Emirados Árabes Unidos, mas quando chegará ao Brasil? Apesar de não haver previsões, a Uber já está testando sua tecnologia em Atlanta e Abu Dhabi, com o objetivo de tornar a condução autônoma mais acessível no futuro.

Como funciona na prática

Os carros autônomos da Uber, como o modelo Jaguar, operam com os mesmos princípios de chamada e preço que um carro convencional. Em cidades onde a tecnologia está disponível, como Austin, você pode ajustar seu perfil no aplicativo da Uber para preferir corridas com esses veículos autônomos. A empresa observou que nem todos os usuários estão prontos para essa mudança, por isso oferece essa opção.

Ao solicitar um carro, você abre a porta pelo aplicativo, e o veículo sinaliza suas iniciais no teto. Para quem precisa de espaço extra, é possível abrir o porta-malas diretamente pelo celular. Outro detalhe é a obrigatoriedade de usar o cinto de segurança: o carro inicia a corrida somente após você clicar na opção "Iniciar a corrida" na tela.

A sensação inicial pode ser estranha, mas não demora para que você se acostume com o volante fazendo as curvas por conta própria. Curiosamente, estar no banco do passageiro trouxe uma sensação de segurança maior, mesmo em comparação com outros veículos. O veículo autônomo não apenas faz as curvas suavemente, mas também para em placas de "Pare", mostrando um comportamento exemplar como motorista.

O carro é equipado com câmeras e um sistema de comunicação interna. Caso algo inesperado aconteça, você pode solicitar suporte a qualquer momento através do aplicativo, e uma central 24 horas estará pronta para ajudar.

Dentro do carro, o conforto é garantido. Você pode ajustar a temperatura do ar-condicionado, escolher uma música e até carregar seu celular através das portas USB-C disponíveis na parte traseira.

Quando a corrida está quase terminando, o sistema avisa que você está se aproximando do seu destino e procura um local seguro para desembarcar. Às vezes, isso pode significar parar um pouco antes ou depois do endereço real, algo que poderá ser resolvido com uma breve caminhada.

Para sair do veículo, você precisa tocar na tela, onde uma mensagem amigável sempre lembra para não esquecer seus pertences, fazendo até piadas de acordo com a data, como a do Dia de São Patrício.

O futuro dos motoristas

Mas o que isso significa para os motoristas de aplicativos? Será que os carros autônomos ameaçarão seus empregos? O vice-presidente de produto da Uber, Sachin Kansal, acredita que ainda não é hora de se preocupar com isso. Ele defende a ideia de que no futuro haverá um sistema híbrido, onde carros autônomos e motoristas humanos coexistirão. Embora os carros autônomos estejam avançando, ainda existem limitações significativas para sua adoção total, como a incapacidade de operar em rodovias e a baixa capacidade de lidar com altos volumes de demanda em horários de pico.

Além disso, motoristas humanos proporcionam uma oferta dinâmica, podendo se conectar à plataforma quando a demanda é alta, garantindo assim a liberdade e a flexibilidade que muitos desejam. No entanto, o CEO da Uber levantou um ponto intrigante: em 15 anos, os carros autônomos podem ter evoluído ao ponto de superarem motoristas humanos em eficiência e segurança. Mas isso, segundo ele, não será algo que acontecerá da noite para o dia.

A revolução dos carros autônomos está a caminho, mas a jornada ainda está apenas começando. O que você acha? Está pronto para embarcar nessa nova era de transporte?