Recentemente, os líderes do G20 se reuniram no Rio de Janeiro, mas a ausência de figuras proeminentes como o presidente dos EUA, Joe Biden, a primeira-ministra da Itália, Giorgia Meloni, e o primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, gerou repercussões significativas. O evento, que incluía a foto oficial da Aliança Global contra a Fome e Pobreza, acabou provocando um desconforto diplomático, uma vez que essa foto foi amplamente chamada de "foto de família" dos líderes, mesmo sem a presença de algumas das maiores potências do mundo.

A última vez que os líderes do G20 se reuniram para uma foto formal foi em 2021, durante a cúpula em Roma. Desde então, o clima tem sido tenso, especialmente devido às divergências em torno da guerra entre Rússia e Ucrânia. Recentemente, o Brasil, país anfitrião, conseguiu salvar uma declaração final consensual, recusando-se a reabrir discussões sobre o conflito, mesmo sob pressão dos países do G7.

Além disso, a presença do chanceler russo, Sergei Lavrov, causou descontentamento entre os líderes do G7, que não descartaram um "boicote" à sua participação. A insistência em não reabrir o texto da declaração sobre a guerra na Ucrânia reflete a postura do Brasil, que se mostrou firme em sua posição, buscando evitar polêmicas que poderiam ter levantado tensões adicionais.

Funcionários dos EUA garantiram que a ausência de Biden na foto não teve a ver com Lavrov, afirmando que o presidente estava em uma reunião bilateral com Trudeau e Meloni, logo antes do registro. No entanto, devido a problemas logísticos, muitos líderes já haviam se dispersado no momento da foto. Uma nova tentativa de reunir todos os líderes para uma foto conjunta foi sugerida para um dia seguinte, embora diplomatas brasileiros tenham mostrado ceticismo quanto à sua realização.

Enquanto isso, o presidente russo Vladimir Putin acusou os EUA de provocarem uma escalada no conflito, ao permitir que a Ucrânia utilizasse mísseis de origem americana para atacar alvos na Rússia. Vale ressaltar que Putin foi convidado para a cúpula, mas rejeitou o convite, uma vez que enfrenta um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI).

Na foto oficial que foi tirada, Lula da Silva estava ao lado de líderes como o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi, e o presidente da África do Sul, Cyril Ramaphosa. O Brasil sediou a cúpula este ano, mas também é importante notar que a Índia havia sido a anfitriã do encontro no ano anterior, enquanto a África do Sul será a próxima no próximo ciclo.

A ausência de alguns líderes, combinada com os conflitos em andamento como a guerra na Ucrânia e a situação delicada em Gaza, continua a dificultar a busca por consensos entre os países, e é um reflexo do quadro geopolítico atual, onde divergências essenciais podem criar grandes obstáculos.