Tecnologia

LinkedIn Usa Dados de Usuários Para Treinar IA Sem Aviso: Entenda o Que Está em Jogo

2024-10-03

No mais recente episódio do podcast Deu Tilt, do UOL, os apresentadores Diogo Cortiz e Helton Simões Gomes abordaram uma prática crescente nas redes sociais: o uso de dados pessoais para treinar inteligências artificiais, especialmente no caso do LinkedIn. Essa ação desencadeou debates sobre privacidade e transparência, levantando preocupações sobre os danos que isso pode causar aos usuários.

A inteligência artificial se torna mais inteligente através do uso de grandes volumes de dados, e com a limitação dos dados públicos disponíveis, plataformas sociais têm incentivado os usuários a gerarem conteúdo. Diogo Cortiz argumentou que essa prática representa uma fonte valiosa de informação.

Helton Simões Gomes comentou sobre um post específico de um funcionário, afirmando que isso poderia ser considerado "ouro" em termos de dados para IA, já que esse conteúdo está alinhado com a linguagem da plataforma.

Em resposta a essas preocupações, a Autoridade Nacional de Proteção de Dados (ANPD) havia exigido que a Meta (controladora do Facebook) suspendesse o uso de dados pessoais para treinamento de IA. Após ajustes na transparência do processo, a ANPD liberou a técnica, mas a situação do LinkedIn ainda é incerta, como apontou Helton.

"Está nebuloso porque não sabemos quais produtos e serviços o LinkedIn irá desenvolver a partir disso", disse ele. A falta de clareza aumentou o alarme sobre a maneira como dados sensíveis estão sendo utilizados sem que os usuários tenham pleno conhecimento ou consentimento.

Além disso, é fundamental que os usuários conheçam seus direitos em relação aos dados que disponibilizam nas plataformas digitais. A utilização não autorizada dessas informações pode resultar em graves violações de privacidade.

Em paralelo, vale destacar o recente embate entre Elon Musk e o ministro do STF, Alexandre de Moraes, que mobilizou o público brasileiro ao discutir a soberania digital em face das grandes techs. A controvérsia evidencia a necessidade de regulamentações mais rigorosas em relação ao uso de dados.

Em meio a essas discussões, surge também a pauta controversa da proibição de celulares nas escolas, que está prestes a ser debatida no Brasil. Com a proposta do governo federal, vêm à tona questões sobre a real eficácia do uso de smartphones no ambiente escolar e as preocupações com a distração e o impacto pedagógico.

Esses temas se entrelaçam, enfatizando a importância de um diálogo aberto e consciente sobre como estamos lidando com a nossa privacidade e os dados que produzimos na era digital. O que você acha sobre a utilização de dados em plataformas como o LinkedIn? A discussão está aberta e promete trazer ainda mais desdobramentos!