Nação

Lula e STF: A Polêmica Comemoração do 8 de Janeiro

2025-01-08

Autor: Mariana

A reforma do sistema judiciário brasileiro sob a liderança do STF (Supremo Tribunal Federal) se torna cada vez mais um tema controverso. Inicialmente, a resposta do tribunal às críticas é sempre a mesma: aqueles que se opõem às suas decisões são, segundo eles, simplesmente os que não conseguem aceitar o resultado e, portanto, são denominados de ignorantes. Esta visão simplista é a mesma que o ministro Barroso, por exemplo, propagou em suas falas.

Nos últimos seis anos, o STF sob a gestão atual tem sido constantemente acusado de tomar decisões litígicas que muitos consideram censuráveis. Diversos juristas e cidadãos comuns têm se manifestado contra essas decisões, que acreditam não apenas serem irracionais, mas também moralmente duvidosas. A insatisfação com as cortes tem aumentado, especialmente quando se vê que a maioria das críticas estão ligadas à prática real das decisões e condutas da corte, e não apenas ao desagrado pelas sentenças.

Entretanto, um dos pontos mais discutidos atualmente é a tentativa do STF e do governo Lula de transformar o dia 8 de janeiro de 2023 – quando ocorreu uma invasão nas sedes dos Três Poderes em Brasília – em um dia de celebração, tais como o “Dia da Defesa da Democracia”. Para muitos, isso soa como uma tentativa de reescrever a história de um dos dias mais embaraçosos e infames da administração Lula e do STF.

O 8 de janeiro deste ano é lembrado não como um símbolo de resistência democrática, mas como um episódio onde a violência foi minimizada pelos líderes. A invasão, marcada por atos de vandalismo com objetos improvisados, levou a uma reação exagerada criada pelo governo usando este evento para estabelecer um estado de exceção que se prolonga há dois anos.

A ex-ministra do STF, durante uma sessão, chegou a comparar os acontecimentos a um novo “Pearl Harbor”, uma analogia que deixou muitos perplexos, dada a gravidade e o contexto histórico do ataque japonês aos Estados Unidos, que causou milhares de mortes e teve profundas consequências no cenário internacional.

No que diz respeito às figuras que o STF e o governo Lula têm promovido como heróis desse dia, a narrativa é também questionável. Os alvos dos processos e a punição dos envolvidos na manifestação são frequentemente cidadãos comuns – trabalhadores, pequenos comerciantes, e outras pessoas marginalizadas que não representam ameaça real ao estado. Isso levanta questões sobre quem, de fato, é protegido e quem é punido em um sistema que a justiça deveria respeitar.

Sem dúvida, o que aconteceu em 8 de janeiro foi um triste episódio na história da política brasileira e continua a gerar ressonância negativa em todos os setores da sociedade. Afinal, a verdade sobre esse dia e as suas consequências ainda está em desenvolvimento, e muitos já pedem uma reflexão mais profunda sobre a liberdade de expressão, os direitos civis e a verdadeira democracia no Brasil.