Mãe Denuncia Violência Obstétrica em Marília e Acusa Prefeitura
2025-04-22
Autor: Matheus
Uma Denúncia Chocante em Marília
Após uma experiência traumática, uma mãe em Marília decidiu levar a questão da violência obstétrica à justiça. Desde esta semana, a Prefeitura foi incluída como ré na ação que busca indenização por danos morais.
O Parto que Mudou Tudo
O incidente ocorreu em julho de 2022, quando D.A.P.R. deu à luz a seu filho, J.H.R. Ela já sabia que precisava de uma cesariana devido ao tamanho do bebê, mas, contra suas expectativas, recebeu atendimento de um plantonista e foi submetida a um parto demorado de mais de cinco horas.
Prática Controversas e Consequências
Durante o parto, a médica realizou a manobra de Kristeller, um procedimento que pressiona a abdômen da mãe para forçar a saída do bebê. Essa prática já é considerada por muitos como uma forma de violência obstétrica.
Um Drama Familiar
A situação se agravou com a fratura da clavícula do bebê, o que impediu a chamada "hora de ouro" – o momento essencial para a conexão entre mãe e filho logo após o parto. A criança atualmente necessita de tratamento fisioterápico sem previsão de término.
Indenização Reivindicada
D.A.P.R. e seu filho agora pedem R$ 50 mil de indenização. Inicialmente, a ação corria apenas contra a Maternidade Gota de Leite, mas após diálogo, o hospital e a mãe concordaram em incluir a Prefeitura, uma vez que o atendimento foi realizado 100% pelo Sistema Único de Saúde (SUS), financiado pela municipalidade.
Responsabilidades Compartilhadas
A juíza Paula Jacqueline Bredariol de Oliveira reconheceu que a responsabilidade do Estado e seus diferentes níveis é solidária na prestação de serviços de saúde. Agora, o caso foi transferido para a Vara da Fazenda Pública, onde a Prefeitura terá a oportunidade de se manifestar em sua defesa.