Mais conversas, menos telas: como preservar a saúde mental nas festas de fim de ano
2024-11-24
Autor: Ana
Você sabia que o Brasil lidera o ranking mundial de casos de ansiedade? De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), 9,3% da população brasileira sofre de transtornos de ansiedade, e 5,8% enfrenta episódios de depressão. Em tempos de festas de fim de ano, especialmente durante o Natal, esses números se tornam ainda mais alarmantes, uma vez que as pressões emocionais aumentam e o pedido por ajuda cresce em até 15%, segundo dados do CVV (Centro de Valorização da Vida).
A época de festas traz à tona sentimentos conflitantes: a necessidade de confraternização se choca com a avalanche de emoções que muitos prefeririam evitar. Diversas pessoas se sentem obrigadas a participar de eventos sociais que, muitas vezes, geram angústia, especialmente após um ano em que as interações ocorreram majoritariamente por meio de telas.
É preocupante observar que, com o uso crescente da tecnologia, as interações presenciais têm sido substituídas por mensagens rápidas e jogos online, resultando em uma socialização cada vez mais superficial. As crianças estão sendo expostas a telas desde muito cedo, e muitos adultos não conseguem desligar seus dispositivos, criando um ciclo vicioso que afeta a saúde mental de ambas as gerações.
Neste contexto, o que podemos fazer para recuperar a saúde mental durante as festividades? Em vez de priorizar as redes sociais e postar selfies perfeitas em cada momento, que tal investir em momentos de troca real? Pergunte-se: quando foi a última vez que você se reuniu com amigos ou familiares sem o olhar voltado para um celular? Será que as novas gerações ainda desejam manter os rituais tradicionais de fim de ano, ou preferem algo mais autêntico e menos “instagramável”?
A mensagem que devemos levar para este final de ano é clara: precisamos valorizar as trocas reais e a conexão emocional genuína. Crie oportunidades para conversas profundas em vez de postagens rasas. A tecnologia pode nos ajudar a nos conectar, mas não deve ser a única forma de interação. Neste final de ano, desafie-se a se desconectar um pouco para se conectar verdadeiramente com as pessoas ao seu redor. Que seja um Natal cheio de diálogos, risadas e momentos significativos, longe das telas.
E, se você ou alguém que você conhece estiver lutando contra pensamentos suicidas ou depressão, lembre-se de que não está sozinho. Procure ajuda profissional, como o CVV ou os Caps (Centros de Atenção Psicossocial), para suporte e orientação. Não hesite em dar o primeiro passo e buscar a ajuda que você merece.