Marcela McGowan, uma renomada ginecologista, surpreendeu a todos ao relatar que teve um orgasmo enquanto estava na academia. Contudo, ao contrário do que muitos poderiam imaginar, a experiência não foi prazerosa. "O orgasmo nem sempre é sinônimo de prazer. Muitas vezes, ele é apenas um reflexo do estímulo corporal, e isso pode ser um momento desconfortável para muitos", revelou.

Além disso, a médica levantou uma discussão interessante: será que exercícios físicos podem melhorar a vida sexual das mulheres, especialmente para aquelas que enfrentam dificuldades em atingir o orgasmo? E a resposta de Marcela é clara: sim! Ela enfatizou a importância de exercícios que promovem a consciência pélvica e sugeriu que procurar uma fisioterapeuta especializada pode ser um passo fundamental para as mulheres que desejam melhorar sua vida sexual.

O papel revolucionário dos vibradores na vida sexual feminina

Se há um item que pode transformar a vida sexual das mulheres, esse é, sem dúvida, o vibrador. Marcela, fundadora da loja de sexual care Magix, compartilha sua paixão por esses dispositivos. "Os vibradores são um divisor de águas. Para muitas mulheres, eles representam a oportunidade de se conectarem com seu próprio prazer", afirmou.

Marcela destaca que para mulheres que ainda não estão familiarizadas com sua própria sexualidade, o vibrador pode ser a porta de entrada para o autoconhecimento. "Muitas mulheres se sentem distantes de seus corpos, e um vibrador pode ajudá-las a redescobrir essa conexão. Para iniciantes, um vibrador pequeno, como o bullet, é uma excelente opção. Para as que preferem penetração, o vibrador tipo 'rabbit' é perfeito, pois estimula tanto o interior quanto o exterior ao mesmo tempo", explicou.

Quando se trata de sexo anal, Marcela recomenda o uso de plugs anais, que permitem que o corpo se adapte de forma confortável ao estímulo. Existem também versões vibratórias que podem intensificar o prazer e o relaxamento durante a experiência.

Os mitos sobre os vibradores em relacionamentos

Um ponto importante que Marcela aborda é o papel dos vibradores dentro de um relacionamento amoroso. Ela afirma que esses dispositivos não devem ser vistos como uma ameaça, mas sim como um complemento à relação. "Os vibradores podem enriquecer a vida sexual do casal; eles não têm que ser uma competição. Precisamos entender que o prazer não se resume a um único aspecto físico", destaca.

A transformação da profissão de ginecologista

Em um relato emocionante, Marcela compartilhou como sua visão sobre a profissão mudou ao assistir a partos humanizados. "Foi uma experiência transformadora. A primeira vez que vi um parto com a mulher no centro do processo, foi como se uma luz se acendesse dentro de mim. Eu não amava ser ginecologista até aquele momento", contou.

Prazer entre mulheres e a importância do autoconhecimento

Pesquisas mostram que mulheres que se relacionam com outras mulheres tendem a ter um maior prazer sexual e mais orgasmos do que aquelas que se relacionam com homens. De acordo com Marcela, isso se dá pelo fato de que muitas práticas sexuais entre casais heterossexuais estão centradas na penetração e no desempenho masculino, enquanto entre mulheres há uma liberdade maior para explorar o prazer de forma mais completa. "As mulheres que se relacionam entre si têm a chance de conhecer e explorar seus corpos de maneiras que muitas vezes são ignoradas em relações heterossexuais", conclui Marcela.

Essa conversa provocativa não apenas traz à tona questões sobre prazer e sexualidade, mas também desafia as narrativas convencionais que cercam a vida sexual das mulheres.