Saúde

Maricá Alcança 25 Captações de Órgãos para Transplantes: Um Avanço Sem Precedentes!

2024-10-07

Autor: Mariana

A Prefeitura de Maricá, por meio da Secretaria de Saúde, comemorou um marco significativo ao realizar 25 captações de órgãos destinadas a pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). O trabalho tem sido realizado em dois hospitais municipais de destaque: o Dr. Ernesto Che Guevara, localizado em São José do Imbassaí, e o Conde Modesto Leal, no coração da cidade. Neste ano de 2024, até setembro, foram realizadas 11 captações, um aumento que se deve à recente instalação de um heliponto no Hospital Dr. Ernesto Che Guevara, facilitando a logística e o transporte de órgãos.

O Hospital Dr. Ernesto Che Guevara tem se destacado como a principal sede para a captação de órgãos em Maricá, contribuindo com um total impressionante de 110 estruturas corporais, que incluem órgãos vitais como coração, pulmões, fígado, rins e pâncreas, além de doações de córneas, pele, ossos e tendões. O transporte dos órgãos é realizado pela equipe do RJ Transplantes, garantindo que cheguem rapidamente a quem realmente precisa.

Esse processo de captação é coordenado pela Comissão Intra-Hospitalar de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplantes (CIHDOTT), que desempenha um papel crucial na identificação de potenciais doadores com morte encefálica. A equipe também proporciona suporte emocional às famílias, esclarecendo dúvidas e confirmando a possibilidade de doação em momentos de extrema vulnerabilidade.

Rodrigo Nunes Coutinho, neurologista e membro da CIHDOTT no Hospital Dr. Ernesto Che Guevara, enfatizou a importância das doações. "O transplante é a solução ideal para muitas doenças que incapacitam os pacientes. Doar é um direito que a lei assegura e que deve ser respeitado, proporcionando acolhimento e esperança em momentos difíceis. O SUS financia todo esse processo, e temos visto um crescimento nas doações, algo em que nosso hospital investe muito", destacou.

Marcelle Resende, diretora de enfermagem do Hospital Municipal Conde Modesto Leal, também ressaltou a magnitude do impacto dos órgãos doados na vida dos pacientes. "Fazer parte dessa equipe e auxiliar na captação de órgãos é um privilégio. Os desafios enfrentados pelos pacientes com doenças graves podem ser superados através da doação. Esse ato dá nova vida, esperança e qualidade de vida a muitos", declarou.

Com um processo qualificado de captação de órgãos iniciado em 2022, Maricá se integra ao Programa Estadual de Transplantes (PET). A captação começa quando médicos suspeitam de morte encefálica e sinalizam à comissão responsável. O acompanhamento das famílias é essencial e, após as fases de avaliação, todos os dados necessários são encaminhados ao RJ Transplantes, que organiza as etapas necessárias para a doação e transplante.

Paula Nadaf, psicóloga do CIHDOTT no Hospital Dr. Ernesto Che Guevara, sublinhou que os transplantes realmente promovem o bem-estar. "O Brasil se destaca globalmente por oferecer um sistema de captação e transplante de órgãos de graça, uma grande vantagem do SUS. Aqui começamos assim que a morte encefálica é confirmada, e trabalhamos para aumentar a conscientização sobre a importância da doação", afirmou.

Ela também destacou a significância do heliponto, inaugurado em 5 de julho, resultado de uma parceria entre a Companhia de Desenvolvimento de Maricá (Codemar), os Serviços de Obras de Maricá (Somar) e a Secretaria de Saúde. "Com a nova estrutura, conseguimos transferir órgãos com muito mais agilidade, e estamos cada vez mais conectados ao RJ Transplantes", finalizou.

A cada captação, Maricá demonstra seu compromisso em salvar vidas, tornando-se um modelo de excelência no processo de doação de órgãos.