Médica descobre câncer agressivo após ignorar dores nas costas: um alerta para todos
2024-12-26
Autor: João
A leucemia mieloide aguda (LMA) é um câncer no sangue
A leucemia mieloide aguda (LMA) é um dos tipos mais comuns e agressivos de câncer no sangue. Neste tipo de leucemia, as células-tronco mieloides passam por mutações genéticas que levam à produção incontrolável de células sanguíneas doentes, resultando em uma multiplicação rápida e desregulada.
A história de Ellissa Baskind
Ellissa Baskind, ginecologista de 46 anos, moradora de Leeds, na Inglaterra, enfrentou essa dura realidade após subestimar dores persistentes nas costas e nos ombros, que atribuía ao estresse de longas jornadas de trabalho. As dores eram tão intensas que afetavam sua qualidade de sono, mas ela acreditava que eram o preço a pagar pela rotina desgastante.
"Como médica, eu nunca imaginei que poderia ser algo sério. Sempre considerei que a dor era devido à minha postura durante os atendimentos e cirurgias. Nunca imaginei que isso fosse apontar para algo tão grave”, compartilhou em uma entrevista ao The Sun.
Diagnóstico chocante e tratamento desafiador
Apesar dos exames de raio-X não mostrarem anomalias, exames de sangue alterados levaram Ellissa a buscar ajuda médica, resultando no chocante diagnóstico de leucemia mieloide aguda. "Quando recebi o diagnóstico, fiquei em estado de choque. Além da dor nas costas, me sentia bem e jamais pensei que era um problema tão sério. Foi difícil aceitar”, relembra.
A jornada de Ellissa foi marcada por desafios. A primeira rodada de quimioterapia não teve sucesso, e ela precisou se submeter a um transplante de células-tronco em meio à crise da pandemia de Covid-19. "Foi uma experiência surreal passar de médica para paciente dentro do hospital onde trabalhava. Sempre tinha colegas me visitando, o que me deu um grande suporte emocional durante a recuperação”, afirmou.
Novo desafio e últimas esperanças
Depois de 18 meses de tratamento, Ellissa percebeu um caroço no seio e, após novos exames, foi diagnosticada com sarcoma mieloide, um tumor raro que está relacionado à leucemia. "No mesmo dia em que recebi o novo diagnóstico, comecei a investigar opções de cuidados paliativos, pois pensei que era o fim da linha. No entanto, os médicos me encorajaram a lutar e mencionaram uma pequena possibilidade de cura com outro transplante de células-tronco”, contou.
Ellissa passou por um segundo transplante em 2022, seguido por duas sessões adicionais de quimioterapia. Para a alegria dela e de sua família, o tratamento teve êxito e, cinco anos depois, ela está celebrando sua saúde recuperada. "Nunca estive tão bem! Este marco de cinco anos é monumental, e me sinto incrivelmente grata por estar viva. A experiência como paciente me proporcionou uma nova perspectiva sobre o atendimento humanizado”, compartilhou.
Um alerta para todos
A história de Ellissa serve como um poderoso alerta sobre a importância de não ignorar sintomas e mudanças no corpo. "Olho para trás e percebo como poderia ter facilmente ignorado os sinais iniciais. É crucial que as pessoas ouçam seus corpos e busquem esclarecimentos sobre os sintomas. Nunca se deve desconsiderar a saúde”, finalizou.