
Médico revela motivo surpreendente para evitar longos períodos sem sexo
2025-03-15
Autor: Pedro
Você já refletiu sobre o que acontece com seu corpo e sua mente quando passa longos períodos sem atividade sexual? Um alerta recente de um especialista aponta que a abstinência prolongada pode trazer riscos surpreendentes, tanto físicos quanto mentais. Estudos indicam que nos Estados Unidos, a média de frequência sexual é alarmantemente de apenas uma vez por semana, segundo dados do NapLab. Mas será que isso é realmente preocupante?
A resposta é sim. O psiquiatra e especialista em saúde sexual Dr. Sham Singh explica que evitar relações sexuais por muito tempo pode aumentar o risco de depressão, ansiedade e alterações de humor. Isso está relacionado à química do corpo: durante o sexo, o cérebro libera endorfinas e oxitocina, substâncias fundamentais que ajudam a reduzir o estresse e promovem sensações de bem-estar. “Reprimir os desejos sexuais sem buscar outras formas de aliviar a tensão pode levar a um acúmulo de frustração e aumentar a irritabilidade”, destaca o médico.
Esse fenômeno não é mera teoria. Um estudo realizado em 2021, que analisou a vida sexual de 4 mil pessoas durante a pandemia de COVID-19, constatou que aqueles que mantiveram a atividade sexual com mais frequência relataram níveis menores de ansiedade em comparação aos que evitaram a atividade. Os pesquisadores apuraram que o aumento das endorfinas durante o ato sexual pode chegar a 200%, funcionando como um analgésico natural e combatendo o estresse.
Entretanto, os efeitos não se restringem à saúde mental. A abstinência prolongada também pode impactar a saúde física. O Dr. Singh alerta que a falta de atividade sexual pode provocar tensão muscular, dificuldade de concentração e até uma maior sensibilidade ao toque. Hormônios como testosterona, estrogênio e cortisol podem ser afetados, influenciando energia, apetite e sono. “Muitas pessoas relatam sentir mais fadiga, pois o sexo ajuda a relaxar e melhora a qualidade do sono, devido à oxitocina”, acrescenta o especialista.
Se você pensa que essa questão é apenas para as pessoas mais velhas, prepare-se para uma surpresa. Um estudo feito no Reino Unido, envolvendo participantes de 18 a mais de 75 anos, revelou que uma em cada cinco pessoas acima de 18 anos não tem relações sexuais. Entre os jovens de 18 a 24 anos, apenas 58% dos homens e 68% das mulheres estiveram sexualmente ativos nas últimas três semanas. Na faixa dos 25 a 29 anos, esses números aumentam para 61% dos homens e 77% das mulheres. Mesmo na faixa etária acima de 75 anos, quase metade dos homens (49%) continua ativa, enquanto apenas 21% das mulheres nessa faixa etária mantêm a atividade sexual.
Esses dados indicam que muitas pessoas estão negligenciando a vida sexual, e isso pode ter consequências graves. Uma revisão de 43 estudos publicada em 2023 revelou que mulheres entre 20 e 59 anos que realizavam relações sexuais menos de uma vez por semana apresentaram 70% mais risco de morte nos cinco anos seguintes. Em contraste, aquelas que mantiveram uma frequência mínima de uma vez por semana não mostraram aumento na mortalidade.
As razões por trás dessa correlação ainda estão sendo investigadas, mas especialistas acreditam que a combinação dos benefícios físicos e emocionais do sexo, como melhoria na circulação sanguínea, fortalecimento do sistema imunológico e redução do estresse, desempenha um papel fundamental. Enquanto a ciência busca respostas definitivas, uma coisa é certa: manter uma vida sexual ativa, dentro dos limites pessoais de cada um, parece ser mais importante do que se imaginava.
E você? Já parou para pensar sobre essa questão? Seja por prazer, saúde ou pelos dois motivos, talvez seja hora de reconsiderar a sua abordagem sobre a atividade sexual na sua vida.