O presidente da Argentina, Javier Milei, se reuniu neste último sábado (4) com Edmundo González Urrutia, um proeminente político liberal que alega ter vencido as eleições na Venezuela nas recentes disputas de julho de 2024. Durante a reunião, Milei se comprometeu a fortalecer a aliança de nações que se opõem à permanência de Nicolás Maduro no poder, cujo atual mandato se encerra no dia 10 de janeiro do próximo ano.

A reunião ocorreu na Casa Rosada, a sede do governo argentino. Para o encontro, Gonzáez, que é aliado da líder opositora María Corina Machado, convocou os venezuelanos exilados na Argentina e militantes liberais para um protesto pacífico nas proximidades do palácio presidencial, em uma demonstração de apoio à restauracão da democracia na Venezuela.

A visita de González acontece em um cenário de crescente tensão nas relações entre Argentina e Venezuela. Recentemente, um policial argentino foi detido na Venezuela ao tentar entrar no país por terra, vindo da Colômbia. O ministro do Interior venezuelano, Diosdado Cabello, alegou que o agente estava envolvido em um complô contra Maduro, informando assim a premiação de US$ 100 mil por informações que levassem à sua captura.

O governo argentino qualificou a detenção como um “sequestro” e exigiu a liberação imediata do policial, Nahuel Gallo. A ministra da Segurança Pública da Argentina, Patricia Bullrich, fez uma declaração contundente: “Liberte Nahuel Gallo ou enfrente as consequências." Muitas vozes na Argentina e na comunidade internacional condenam a atitude do governo de Maduro e se solidarizam com Gallo e sua família, bem como com os esforços de González.

González reside atualmente na Espanha após deixar a Venezuela em caráter de urgência, fugindo das ameaças do regime. Após sua visita à Argentina, ele planeja se encontrar com o presidente do Uruguai, Luis Lacalle Pou, buscando apoio internacional contra a repressão e as violações dos direitos humanos perpetradas pelo governo de Maduro.

Esse encontro destaca a crescente preocupação sobre a situação política na Venezuela, com observadores internacionais alertando para a possível escalada da crise se Maduro conseguir permanecer no poder. O futuro da democracia na Venezuela continua a ser um ponto central nas negociações entre líderes da América Latina.