Nação

Militares Envolvidos em Golpe Receberam Mais de R$ 2 Milhões com Apoio de Bolsonaro

2024-12-09

Autor: João

Introdução

Recentemente, investigações da Polícia Federal (PF) revelaram que altos oficiais do Exército, indiciados por tentativa de golpe de Estado, receberam indenizações significativas com o suporte do ex-presidente Jair Bolsonaro.

Pagamento de Indenizações

Dados divulgados pelo Portal da Transparência indicam que mais de R$ 2 milhões foram pagos a militares da ativa após mudanças nas regras de aposentadoria, implementadas por Bolsonaro. Ao menos cinco desses oficiais, envolvidos em um esquema golpista, tiveram lucros expressivos nos últimos anos devido a essas alterações.

Oficiais Envolvidos

Dentre eles, está o general Mário Fernandes, que, preso recentemente por supostamente planejar o assassinato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do vice-presidente Geraldo Alckmin e do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), recebeu R$ 421,9 mil em indenizações. Esse valor inclui R$ 262,4 mil recebidos em agosto de 2020 por sua transição para a reserva e mais R$ 159,5 mil em junho de 2021. Outro envolvido é o almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, que também recebeu R$ 364,3 mil em indenizações ao sair da ativa. Já o general Walter Braga Netto, que atuou como ministro da Casa Civil e foi candidato a vice-presidente na eleição de 2022, teve um total de R$ 926 mil em salários e indenizações, sendo apontado pela PF como um dos responsáveis pelo plano de assassinato de figuras importantes do governo.

Outros Militares Envolvidos

Outros militares envolvidos na tentativa de golpe também receberam valores expressivos em indenizações: - General Paulo Sérgio de Nogueira de Oliveira, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro: R$ 300 mil - General Estevam Theophilo Gaspar: R$ 776,3 mil - Coronel Cleverson Magalhães: R$ 288,8 mil - Carlos Giovani Pasini: R$ 222,6 mil.

Reação da Marinha

Em um momento de indignação popular, a Marinha do Brasil publicou um vídeo nas redes sociais que provocou polêmica. Embora a peça pareça fazer parte das comemorações do Dia do Marinheiro, que ocorre em 13 de dezembro, o vídeo foi divulgado em 1º de dezembro, gerando estranhamento. O conteúdo sugere que os militares não aceitariam perder "privilégios", interpretado por muitos como um ato de provocação ao governo Lula e à sociedade civil.

Análise do Vídeo

O vídeo, que dura 1 minuto e 16 segundos, contrapõe cenas do cotidiano de civis a imagens de militares em manobras, reforçando a ideia de uma vida mais dura para os militares em comparação à "comodidade" dos civis. Com uma trilha sonora de suspense, a mensagem deixa subentendida que seriam os civis, e não os militares, os verdadeiros beneficiários de "privilégios". No final, uma jovem militar questiona ironicamente: "Privilégios? Vem pra Marinha". Essa declaração deixou muitos em dúvida sobre a real prioridade e respeito que o governo está dando às Forças Armadas em um clima de tensão política.