O processo de produção do azeite de oliva é essencial para garantir suas características de sabor e aroma, sendo realizado mecanicamente desde a colheita até o envase. Recentemente, o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) proibiu a venda de 11 marcas de azeite de oliva, incluindo Málaga, Rio Negro, Quinta de Aveiro, Cordilheira, Serrano, Oviedo, Imperial, Ouro Negro, Carcavelos, Pérola Negra e La Ventosa.

As marcas Serrano e Cordilheira já haviam sido proibidas em uma ação anterior da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). O Mapa informou que os produtos foram analisados por um Laboratório Federal e desclassificados por estarem em desacordo com as normas estabelecidas. Um dos motivos que levantou suspeitas de fraude foi o fato de as empresas responsáveis estarem com CNPJ inativo na Receita Federal.

Além disso, o Mapa alertou que outros azeites ainda estão sob análise e que uma nova lista de produtos reprovados poderá ser divulgada em breve. Supermercados e atacadistas que ofereçam produtos desclassificados podem ser responsabilizados. Se você comprou um desses azeites, saiba que tem o direito de solicitar a sua substituição.

"A solicitação deve ser realizada conforme as orientações do Código de Defesa do Consumidor, ou pelo canal oficial Fala.BR, informando o local de compra", explicou o Mapa.

Dicas para escolher um azeite de qualidade

Na hora de escolher um azeite, opte por aqueles que foram envasados mais recentemente. A azeitóloga Ana Beloto ressalta a importância do frescor, já que a palavra "azeite" originariamente significa "suco de azeitona" em árabe. O azeite também enfrenta três inimigos: luz, oxigênio e calor. Por isso, é aconselhável preferir embalagens em vidro escuro ou lata.

A fiscalização de azeite no Brasil é rigorosa, e o processo envolve testes de fraude e qualidade, começando pela apreensão de garrafas suspeitas. As amostras são enviadas para laboratório onde são verificadas se misturadas a outros óleos e se realmente se tratam de azeite.

Os tipos de azeite incluem:

- **Extravirgem**: de alta qualidade, com acidez menor que 0,8% e aromas positivos. - **Virgem**: qualidade intermediária, com acidez menor que 2%. Pode apresentar alguns defeitos leves. - **Lampante**: de péssima qualidade, não consumível, com acidez superior a 2%. - **Tipo Único**: misturado com azeite refinado, geralmente neutro e indicado para frituras.

Riscos à saúde

As fraudes em azeite de oliva podem incluir a adição de substâncias não autorizadas, gerando riscos à saúde dos consumidores. Um exemplo alarmante é a "síndrome do azeite tóxico" na Espanha, que resultou na morte de mais de mil pessoas devido ao consumo de azeite adulterado. No Brasil, corantes e aromatizantes não reconhecidos são frequentemente observados em produtos fraudulentos.

Portanto, ao escolher um azeite, busque qualidade para garantir não apenas um sabor superior, mas também sua saúde. Cuidado ao comprar produtos de procedência duvidosa e mantenha-se informado sobre as marcas regulamentadas.