Mistério e Tragédia: Policiais que Cuidavam de Empresário Assassinato no Aeroporto Envolvidos em Problemas Estranhos
2024-11-11
Autor: João
Quatro policiais militares estavam na missão de garantir a segurança do empresário Antônio Vinicius Lopes Gritzbach, que foi brutalmente assassinado no dia 8 de setembro no Aeroporto Internacional de São Paulo, em Guarulhos. As investigações revelam um suposto problema com o carro dos policiais antes do atentado, levantando questões sobre um possível envolvimento deles no crime.
Gritzbach, alvo de 10 tiros disparados por membros da facção criminosa PCC, retornava de uma viagem a Maceió (AL) acompanhado de sua namorada. A situação é ainda mais preocupante, pois ele era informado ao Ministério Público de São Paulo, embora se recusasse a integrar o programa de proteção a testemunhas. Outros três indivíduos também ficaram feridos durante o atentado.
Imagens obtidas pela TV Globo mostram que os seguranças de Gritzbach não chegaram a tempo ao aeroporto antes do ataque. Eles se dividiram em dois veículos — um preto e um branco — para buscá-lo. Antes de chegar ao aeroporto, pararam em um estacionamento por volta das 13h, onde dois seguranças estavam com o filho e o sobrinho do empresário, enquanto os outros dois PMs permaneciam em outro veículo.
Após uma pausa para lanchar, as imagens mostram os seguranças do carro branco saindo para abrir o capô do veículo, enquanto o carro preto, que já havia deixado o local, retorna para averiguar a situação. Tragicamente, Gritzbach foi assassinado apenas 15 minutos depois.
Os policiais que estavam envolvidos foram afastados de suas funções e ouvidos pela polícia. Informações oficiais confirmam que armas, encontradas em mochilas nas proximidades do aeroporto, serão periciadas, pois podem estar ligadas ao crime.
A investigação ainda revela que Gritzbach transportava joias avaliadas em impressionantes R$ 1 milhão, que segundo as autoridades, eram relacionadas a uma dívida. O advogado dos seguranças, Guilherme Flauzinho, rejeitou qualquer envolvimento dos policiais no crime, afirmando que eles tratavam o filho de Gritzbach como se fosse da família.
Paralelamente, o empresário havia informado ao MP que não se sentia confortável em integrar o programa de proteção a testemunhas. Durante uma audiência, Gritzbach expressou sua preocupação pela falta de segurança, solicitando mais proteção após ter sofrido um atentado em dezembro de 2022, quando tiros foram disparados contra o apartamento onde ele estava.
A situação se complicou ainda mais quando, apenas oito dias antes de sua morte, Gritzbach registrou uma queixa contra membros da Corregedoria da Polícia Civil, alegando que investigadores o roubaram. Ele mencionou que ao ser preso por suspeitas de homicídios relacionados ao PCC, policiais levaram de sua casa uma bolsa com R$ 20 mil e uma caixa com uma coleção de relógios de luxo, sendo que a caixa devolvida estava faltando cinco relógios. Gritzbach até identificou um dos relógios em fotos de um policial nas redes sociais, que, segundo ele, foram deletadas após a denúncia.
Este caso não apenas traz à tona a ligação entre crime e corrupção, mas também levanta questões profundas sobre a proteção de testemunhas e a segurança da sociedade. A investigação continua e mais revelações chocantes podem surgir.