Saúde

Mobilização em Larga Escala contra a Dengue Neste Sábado: O que Você Precisa Saber!

2024-12-14

Autor: Lucas

O Dia D de Mobilização contra a Dengue, que ocorrerá neste sábado (14), promete mobilizar instituições e cidadãos em todo o Brasil. A campanha tem como objetivo principal aumentar a conscientização sobre a prevenção da proliferação do mosquito Aedes aegypti, portador do vírus causador da dengue.

Neste ano, o cenário é alarmante: foram mais de 6,6 milhões de casos prováveis, com 5.915 mortes confirmadas, um número cinco vezes maior do que o registrado em 2023. A gravidade da situação exigiu a ação de autoridades em várias partes do país.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade, estará no bairro do Caju, no Rio de Janeiro, para participar das atividades de mobilização, enquanto outras autoridades estarão em locais como Macapá, São Luís, Fortaleza, Goiânia, Belo Horizonte, Salvador, Ceilândia e Cariacica.

Rivaldo Cunha, secretário adjunto de Vigilância em Saúde e Ambiente, destacou a importância deste momento. "Estamos nos aproximando do período de chuvas, e com isso, a proliferação do mosquito tende a aumentar. Precisamos agir agora para evitar uma possível epidemia em janeiro ou fevereiro de 2025", alertou.

As mudanças climáticas têm contribuído para um aumento na temperatura média do ambiente, resultando em padrões de chuvas e secas que afetam a biologia do mosquito transmissor da dengue. Cunha nota que, em 2024, não houve uma única semana em que o número de casos tenha sido menor do que na mesma semana do ano passado, sinalizando uma crescente preocupação.

Além disso, a questão do abastecimento de água intermitente durante o verão contribui para a formação de focos do mosquito. "O armazenamento improvisado de água durante os períodos em que ela está disponível nas torneiras pode rapidamente se tornar um foco de reprodução do Aedes", explicou.

Locais com coleta de lixo irregular também são particularmente vulneráveis. Qualquer objeto que retenha água, até mesmo uma tampa de garrafa, pode ser um criadouro. Quintais e terrenos baldios tornam-se ainda mais problemáticos, acumulando água e servindo como abrigos para os mosquitos.

Com relação à dengue, as regiões mais afetadas em 2024 foram o Distrito Federal, Minas Gerais e Paraná, com um crescimento também observado no Sudeste e Sul, especialmente em São Paulo, que liderou em casos graves e mortes.

Os jovens entre 20 e 29 anos são os mais afetados, e 55% dos infectados são mulheres. É fundamental ressaltar que idosos, crianças, gestantes e aqueles com condições de saúde preexistentes estão em maior risco de complicações.

Os sintomas principais incluem febre alta, dor de cabeça, dores musculares e articulares, além de dor atrás dos olhos. Complicações sérias podem ocorrer entre o terceiro e o sétimo dia após o início dos sintomas, como vômitos e sangramentos, alertando para a necessidade de buscar atendimento médico imediato.

Vale lembrar que o Aedes aegypti não transmite apenas a dengue, mas também outras doenças como zika e chikungunya. Neste ano, foram relatados quase 265 mil casos de chikungunya, com 210 mortes confirmadas. Os casos de zika, embora menos frequentes (cerca de 6 mil), são preocupantes devido ao risco de anomalias congênitas em bebês nascidos de mães infectadas durante a gestação.

O Sistema Único de Saúde (SUS) está realizando campanhas de vacinação contra a dengue. Desde fevereiro, a vacina é aplicada em adolescentes de 11 a 14 anos, um grupo com alta taxa de hospitalização. Entretanto, a quantidade de doses é limitada, e a vacinação se concentra em grandes cidades com altos índices de transmissão nos últimos anos. Recentemente, houve um acordo para produção local da vacina pela Takeda e Fiocruz, o que pode melhorar a disponibilidade de doses.

A mensagem é clara: a prevenção é a melhor arma. Mantenha sua casa e entorno livre de água parada, e participe das mobilizações locais. Somente com a união de esforços conseguiremos vencer essa batalha contra a dengue!