Moldova Declara Estado de Emergência Energética por 60 Dias – O Que Está Acontecendo?
2024-12-13
Autor: Lucas
Moldova enfrenta uma crise energética sem precedentes
A Moldova enfrenta uma crise energética sem precedentes e, em uma tentativa de lidar com a iminente falta de fornecimento de gás, o governo decretou um estado de emergência energética por 60 dias. Esta decisão foi aprovada pelo Parlamento, seguindo a proposta do primeiro-ministro Dorin Recean, contando apenas com os votos do Partido da Ação e Solidariedade (PAS), que é liderado pela presidente Maia Sandu.
Críticas à declaração de emergência
As tensões aumentaram, já que a oposição moldova criticou severamente a declaração de emergência, com Renato Usatii, líder do partido opositor Nosso Partido, afirmando: "Para o PAS, o estado de emergência tornou-se a norma. Quando um governo é incapaz de gerenciar a crise, a normalidade se transforma em caos."
Suspensão do gás russo pela Ucrânia
O governo moldovo alertou para o fato de que a suspensão da circulação de gás russo pela Ucrânia pode resultar em uma grave falta de energia elétrica durante o inverno. A central termoelétrica da Moldova, crítica para o abastecimento energético do país, depende primariamente do gás da Rússia para operar adequadamente. Como resultado, as autoridades estão se preparando para uma situação de armazenamento e consumo reduzido de energia.
Situação na Transnístria
A situação se agrava na região da Transnístria, que também declarou estado de emergência, pois é totalmente dependente do gás russo. O vice-primeiro-ministro moldovo, Oleg Serebrian, enfatizou que a Ucrânia não permitirá a circulação do gás russo pelo seu território a partir de 1º de janeiro, priorizando o abastecimento para países como a Hungria e a própria Moldova.
Preparativos da Ucrânia
O ministro da Energia da Ucrânia, Herman Galushchenko, afirmou: "Estamos nos preparando para o cenário de circulação zero a partir do início do ano. Já realizamos vários testes em nosso sistema de gasodutos para entender como funcionará sem o gás russo."
Contexto geopolítico
Esse desdobramento ocorre em um contexto mais amplo de tensões geopolíticas e pressões energéticas na Europa, amplificadas pela invasão russa à Ucrânia em fevereiro de 2022. O governo ucraniano anunciou que não renovará o contrato com a Gazprom, que garantiu a passagem de gás pelo território ucraniano por cinco anos.
Reflexos da crise energética na Europa
A crise energética na Moldova não é apenas um problema local; reverbera através da região, deixando muitos questionando: como os países da Europa Oriental se prepararão para um inverno que promete ser ainda mais desafiador? Todos os olhos estão voltados para a Moldávia e as suas próximas etapas na gestão de uma crise energética iminente.