Na última sexta-feira (14 de março), o ministro-chefe da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), Sidôni Palmeira, teve uma reunião tensa com assessores de comunicação de diversos ministérios no Palácio do Planalto, em Brasília.

Durante a discussão, momentos constrangedores surgiram quando Sidôni abriu o espaço para perguntas e críticas dos presentes. De acordo com relatos, vários assessores expressaram sua insatisfação com a comunicação deficiente da Secom em relação às secretarias ministeriais. Um dos participantes não hesitou em afirmar que tinha conhecimento dos anúncios do governo apenas pela imprensa, o que gerou murmúrios entre os demais.

Sidôni, embora tenha esboçado um "sorriso amarelo", concordou com as críticas e avaliou a necessidade de melhorar a integração entre a Secom e os assessores ministeriais. Ele enfatizou que uma comunicação mais fluida seria benéfica para todos.

Além disso, o ministro solicitou que as assessorias evitassem repassar informações "off", ou seja, sem identificação, e estimulou os ministros a darem mais entrevistas à mídia. Essa estratégia visa promover maior transparência e engajamento com a sociedade.

Durante a reunião, Sidôni também usou uma metáfora inusitada, comparando a má comunicação com “o efeito comida a quilo”, argumentando que, assim como em um restaurante a quilo onde as pessoas colocam uma variedade de alimentos no prato e acabam esquecendo o que realmente escolheram, a comunicação do governo deve ser mais clara e focada. "Precisamos saber exatamente o que servimos para o público", disse ele, enfatizando a importância de uma mensagem coesa e impactante.

Esses acontecimentos refletem os desafios enfrentados na comunicação do governo Lula enquanto busca-se não apenas eficiência, mas também a construção de uma imagem sólida e bem articulada entre as diversas áreas do Executivo.