Um morador de um condomínio de luxo em Santos, São Paulo, se tornou refém durante uma invasão realizada por criminosos. Segundo relato à polícia, os bandidos, que demonstravam insegurança, citaram o nome do goleiro do Santos FC, João Paulo, como um dos alvos do ataque.

Na última terça-feira (1°), quatro assaltantes conseguiram entrar em um prédio no bairro do Embaré, uma região de alto padrão, com a ajuda de um porteiro, que foi preso posteriormente. O objetivo dos criminosos era capturar João Paulo, que na ocasião estava no Centro de Treinamento do Santos FC.

De acordo com o boletim de ocorrência, além do goleiro, outros moradores que foram feitos reféns incluíam dois administradores de empresas, uma empregada doméstica e uma advogada, além de dois funcionários, uma funcionária de limpeza e um trabalhador da construção.

A dinâmica da invasão foi revelada por uma das vítimas, que estava no elevador com um dos criminosos. Ela relatou que o homem parecia confuso e mencionou estar no local errado, ressaltando a desorganização demonstrada pelo grupo.

Após prenderem a empregada doméstica, os bandidos fizeram outras vítimas dentro do elevador. Quando o morador chegou em casa, ele foi imediatamente surpreendido por um dos assaltantes, que o levou ao quarto, onde estavam sua esposa e a empregada da família.

Uma situação de tensão se desenrolou, pois os criminosos estavam nervosos e com medo de serem presos. Para acalmá-los, o morador se ofereceu a descer junto com eles, o que foi interpretado como uma garantia de sua vida. Durante a negociação, um dos raptadores fez questão de mencionar o goleiro, demonstrando que seu nome estava na mente deles como um alvo principal.

A polícia foi acionada e, após a entrada dos agentes, um dos assaltantes, de 19 anos, foi baleado e levado ao hospital, enquanto os outros se entregaram após libertarem as vítimas.

O porteiro do condomínio, que facilitou a invasão, foi preso e revelou que se sentiu ameaçado pelos criminosos. Ele afirmou à polícia que os assaltantes já tinham informações sobre o prédio e sobre os moradores, o que aguça a preocupação com a segurança nas áreas nobres da cidade.

João Paulo, por sua vez, se pronunciou em suas redes sociais, tranquilizando amigos e familiares sobre a situação, afirmando que ele não estava em casa no momento da invasão e que sua esposa e a empregada estão bem.

Investigadores começaram a apuração do caso, que está sendo tratado como roubo qualificado, associação criminosa e outros crimes. No contexto da segurança pública, essa invasão revela uma crescente preocupação com a violência em locais tidos como seguros e a necessidade de reforço na segurança dos condomínios de luxo da região.