Nação

Moraes Determina Prisão Preventiva de Léo Índio, Primo dos Filhos de Bolsonaro

2025-04-02

Autor: Ana

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a prisão preventiva de Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio, que é réu por envolvimento nos ataques golpistas ocorridos em 8 de janeiro de 2023. A decisão foi tomada em resposta a um pedido do procurador-geral da República, Paulo Gonet.

O primo da família Bolsonaro, Léo Índio, não tinha proibição explícita para deixar o país, mas teve seus passaportes cancelados. O procurador argumentou que a fuga de Léo Índio para a Argentina demonstra o desrespeito à lei penal e às decisões do STF. Gonet destacou que ao tentar se evadir do Brasil, ele ignorou uma medida cautelar que lhe permitia permanecer em território nacional sem ser preso.

Moraes ressaltou que a fuga de Léo Índio ficou evidente, já que ele saiu do Brasil ciente de que seu passaporte estava cancelado. Utilizando apenas seu documento de identidade, ele entrou na Argentina, amparado pela falta de exigência de passaporte em países do Mercosul. O ministro acrescentou que a defesa apresentou um documento que concede a Léo Índio autorização para permanecer na Argentina até junho de 2025, corroborando a intenção de realmente evadir-se do Brasil.

Além disso, Léo Índio fez uma aparição recente em um vídeo enviado à rádio Massa FM, de Cascavel (PR), onde criticou partidos de direita e o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), por não priorizarem projetos que visam a anistia para os acusados pelos atos de vandalismo de 8 de janeiro.

Na gravação, ele afirmou estar na Argentina há quase um mês e expressou seu receio de ser preso quando for renovar sua permissão de permanência, que deve ser feita a cada três meses. Como se não bastasse, na última quinta-feira (27), o STF rejeitou um recurso apresentado pela defesa de Léo Índio, confirmando a abertura de um processo penal contra ele pela sua participação nos tumultos.

A situação de Léo Índio levanta questões sobre a política de anistia no Brasil e indica um crescente descontentamento entre os envolvidos nos eventos de janeiro. A pressão da oposição por um projeto de anistia para os prisioneiros destes atos está intensificando o debate no país, o que poderá ter consequências significativas no cenário político atual.