Moraes rejeita novo pedido de liberdade de Daniel Silveira e detalhes chocantes vêm à tona
2024-12-28
Autor: Ana
Na quinta-feira (26), o ministro do STF, Alexandre de Moraes, novamente negou o pedido de liberdade feito pela defesa do ex-deputado federal Daniel Silveira. O desenrolar da situação envolve não apenas a desobediência às medidas cautelares, mas também questões de saúde complicadas e uma série de eventos que geram dúvidas sobre a conduta do ex-parlamentar.
Silveira havia sido temporariamente liberado na última sexta-feira (20), após cumprir um terço de sua pena. Contudo, na terça-feira (24), a Polícia Federal o prendeu novamente, a pedido do ministro Moraes, que alegou violação das condições impostas para a sua soltura. O ex-parlamentar teria percorrido nove locais diferentes em Petrópolis (RJ) no domingo, incluindo um shopping, onde permaneceu por mais de uma hora, o que levantou suspeitas sobre seu comprometimento com as regras estabelecidas.
Em suas palavras, Moraes afirmou que a defesa de Silveira admitiu a violação das condições de liberdade, que eram bem claras. Estas condições incluíam a proibição de se ausentar da comarca e a obrigatoriedade de permanecer em sua residência durante a noite e nos finais de semana. O ministro ressaltou que essa mesma restrição foi imposta em mais de 1100 casos correlacionados aos eventos de 8 de janeiro, todos respeitados sem qualquer confusão.
A defesa de Silveira argumentou que ele apresentou problemas de saúde, mencionando que sofreu fortes dores lombares e precisou ser levado ao hospital. No entanto, detalhes adicionais a respeito de seu estado de saúde foram trazidos à tona, com o ministro Moraes afirmando que, de acordo com registros de geolocalização, Silveira não apresentou "qualquer problema sério de saúde". Isso contradiz a alegação de sua defesa, gerando ainda mais controvérsias.
Além disso, Moraes ressaltou que, nas 48 horas seguintes à concessão de sua liberdade temporária, Silveira desconsiderou completamente as condições judiciais que lhe foram impostas. Essa situação levanta preocupações sobre a integridade do processo judicial e as medidas de segurança recomendadas para indivíduos em liberdade condicional.
A tensão em torno do caso de Daniel Silveira continua a crescer, e a resistência de Moraes em aceitar novos pedidos pode indicar um endurecimento da postura do Supremo em relação a violações de medidas cautelares. As alegações de problemas de saúde, umas vezes credíveis e outras contestadas, fazem questionar até onde a Justiça está disposta a ir em nome de um réu que parece desafiar continuamente as regras.