Ciência

Mortandade de peixes no Pará: causa revelada e consequências alarmantes!

2024-11-29

Autor: Matheus

Mortandade de Peixes no Pará: Causa e Consequências

Uma tragédia ambiental sem precedentes ocorreu em uma região de várzea do rio Amazonas, no Pará, resultando na morte de milhares de peixes. A investigação realizada pelo núcleo de monitoramento hidrometeorológico da SEMAS (Secretaria de Meio Ambiente e Sustentabilidade) revelou que os baixos níveis de oxigênio na água foram a principal causa deste desastre ecológico.

Durante uma inspeção realizada no dia 27 de setembro, após o alarmante relatório da Folha que trouxe luz à situação crítica enfrentada por sete comunidades locais, o secretário estadual de Meio Ambiente, Raul Protázio, e técnicos da SEMAS visitaram a comunidade do igarapé do Costa. Esta região, refletindo graves consequências para cerca de 500 famílias, estava marcada por altas temperaturas, redução drástica do volume da água, turbidez elevada e diminuição da penetração da luz.

O laudo técnico destaca que a concentração de oxigênio dissolvido no canal de Aramanaí estava em apenas 0,15 mg/l, extremamente abaixo do nível mínimo recomendado de 5 mg/l. A escassez de oxigênio levou a uma competição feroz entre os organismos aquáticos, resultando na morte de diversas espécies. O documento também aponta que a decomposição de matéria orgânica, exacerbada pela seca prolongada, piorou ainda mais as condições da água.

As consequências não se restringem apenas aos peixes: jacarés, tartarugas e arraias também sucumbiram a essa catástrofe. Os habitantes da comunidade relataram um odor insuportável, com o acúmulo de matéria orgânica atraindo um mar de moscas. A tristeza e desespero tomaram conta da região, que nunca havia enfrentado um cenário tão devastador.

Pesquisadores e ambientalistas apontam que a combinação de mudanças climáticas, queimadas na região e a intensificação da seca estão relacionados ao fenômeno. Com a diminuição dos corpos d'água, a fauna aquática enfrenta um colapso. Além disso, o Ministério do Meio Ambiente e Mudança do Clima (MMA) informou que um navio de pesquisa do ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade) será utilizado para a coleta de dados necessários para um melhor entendimento das implicações desse evento.

Os pescadores locais, cientes da gravidade da situação, têm tentado salvar o que resta da fauna aquática, mobilizando esforços para resgatar quelônios em estado de emergência, transferindo-os para poças que ainda resistem ao calor intenso. A situação está se agravando a cada dia, pois a mortandade continua a crescer. A região de Santarém está imersa em uma densa névoa de fumaça devido às queimadas, e a falta de chuvas só piora a situação.

O que pode ser feito para salvar a biodiversidade local e garantir a sobrevivência das comunidades afetadas? As autoridades precisam agir rápido antes que seja tarde demais!