Saúde

Mudanças no SUS: Novo Exame para Mulheres de 25 a 49 Anos Promete Revolucionar a Detecção do Câncer

2025-04-22

Autor: Lucas

SUS Introduz Exame Inovador para Combater o Câncer Cervical

Em uma transformação significativa na saúde da mulher, o Sistema Único de Saúde (SUS) anunciou a transição do tradicional exame papanicolau para o modernizado exame molecular de DNA-HPV, previsto para 2025. Essa mudança visa não apenas aumentar a precisão nos diagnósticos, mas também permitir intervalos de cinco anos entre os testes, desde que não haja detecção do vírus.

Por que a Nova Abordagem é Superior?

O papilomavírus humano (HPV) é o principal responsável por mais de 99% dos casos de câncer do colo do útero, sendo este o terceiro câncer mais comum entre mulheres no Brasil. Com a crescente recomendação da Organização Mundial da Saúde desde 2021, o teste molecular de DNA-HPV se destaca pela sua maior sensibilidade na detecção do vírus, possibilitando diagnósticos mais precisos ao identificar subtipos de HPV.

Itamar Bento, pesquisador do Inca, ressalta que o exame tem um forte valor preditivo negativo, oferecendo segurança às pacientes: se o resultado for negativo, poderão aguardar cinco anos para o próximo teste. Essa inovação não somente otimiza o uso dos recursos de saúde, mas também minimiza a ansiedade e desconforto enfrentados pelas mulheres.

Rastreamento Ativo: A Chave para o Sucesso

Para garantir que a nova estratégia funcione, é crucial um rastreamento organizado. Isso significa que o sistema de saúde irá ativamente convocar mulheres para os testes, ao contrário do modelo anterior que dependia da iniciativa das pacientes em buscar os serviços de saúde. O objetivo é assegurar que todas as mulheres elegíveis tenham acesso fácil ao diagnóstico e tratamento.

Sinal Vermelho: Cobertura do Papanicolau Insuficiente

Dados do Sistema de Informação do Câncer apontam que, entre 2021 e 2023, a cobertura do papanicolau ficou aquém em muitos estados brasileiros. Com a nova implementação, espera-se que a eficiência e a velocidade na entrega de resultados se elevem, especialmente em locais onde o diagnóstico demorava mais de 30 dias.

Diretrizes Inclusivas e Inovações Revolucionárias

As novas diretrizes não param por aí. Além do exame de DNA-HPV, a proposta inclui a autocoleta, uma alternativa que visa alcançar comunidades de difícil acesso e pessoas que se sentem desconfortáveis com procedimentos tradicionais. Essa abordagem pode aumentar significativamente a taxa de adesão ao rastreamento.

Ademais, as orientações abraçam atendimentos a pessoas transgênero, não binárias e intersexuais, reconhecendo a diversidade das necessidades de saúde. Com essas inovações, o SUS almeja tornar o rastreamento do câncer do colo do útero mais acessível e eficaz, garantindo que todas as mulheres, independentemente de suas origens ou identidades, estejam protegidas.