
Mulher Descobre Compressa Esquecida na Barriga: O Drama de 5 Anos Após Cesárea!
2025-04-05
Autor: Julia
Uma cabeleireira de 42 anos, Tatiane Freitas dos Santos, enfrentou um verdadeiro pesadelo na última meia década. Desde que deu à luz seu filho em janeiro de 2020, Tatiane vinha sofrendo com um caroço pulsante em seu abdômen que a fazia sentir dores intensas e a impedia de ser a mãe que sempre quis. Diversos diagnósticos surgiram, que iam desde isquemia intestinal até lipomas, mas o verdadeiro motivo de seu sofrimento ficou escondido durante todo esse tempo.
A verdade foi revelada em 18 de março de 2025: ela carregava uma compressa cirúrgica – um pedaço de gaze de cerca de 15 centímetros – que havia sido deixado no seu abdômen durante a cesárea no Hospital da Luz, na Vila Mariana, São Paulo. O erro médico não apenas trouxe dor física, mas afetou profundamente sua vida pessoal e emocional.
Após consultar pelo menos quatro médicos ao longo dos anos e lutar incessantemente para conseguir a cirurgia de retirada, Tatiane tornou-se uma verdadeira guerreira em busca de respostas, tendo que processar seu plano de saúde devido à negligência. Segundo o Código de Defesa do Consumidor, a responsabilidade neste tipo de erro é compartilhada entre todos os fornecedores de serviços de saúde, incluindo médicos e hospitais.
O Hospital da Luz, que foi recomendado pela obstetra devido à gravidez de risco de Tatiane, alegou que até o momento não houve decisão favorável no processo judicial. As angústias da cabeleireira foram intensificadas pelo fato de estar vivendo em um período de pandemia, quando a prioridade era o tratamento de casos urgentes, e ela se viu sem assistência médica quando mais precisava.
Dois anos após a cesárea, ela foi descrita como "urrando de dor" enquanto tentava praticar ioga. O diagnóstico inicial de um lipoma resultou em um desprezo pelas suas queixas, com médicos sugerindo que não havia jogo de cintura para cirurgia quando o tumor ainda era pequeno.
Foi então que, em 2024, em um exame de ultrassom, uma médica finalmente identificou um 'corpo estranho' em seu abdômen, questionando Tatiane sobre suas cirurgias anteriores. Após uma série de exames e muito esforço para marcar uma cirurgia, Tatiane precisou recorrer à Justiça. A pressão dela e seu advogado resultaram em uma liminar que autorizava a remoção do objeto em 20 de dezembro de 2024.
No entanto, mesmo após a autorização judicial, o processo foi marcado por burocracia. Tatiane, que já havia registrado queixas em várias instâncias, sentiu que sua luta estava longe do fim. A complicação acrescentou um sentimento de frustração e impotência diante do sistema de saúde.
No dia 18 de março de 2025, mais de cinco anos após a cesárea, Tatiane finalmente se despediu do sofrimento que a acompanhou por tanto tempo. As sequelas emocionais, no entanto, perduram. Ela reflete sobre como esses anos de dúvidas e dor impactaram sua capacidade de ser a mãe que sonhou, além de comprometer seu desejo de ter um segundo filho, já que terá que esperar pelo menos um ano antes de tentar engravidar novamente por recomendações médicas.
A história de Tatiane reforça a importância de um sistema de saúde mais eficiente e a necessidade de accountability para erros médicos. O caso também levanta questões sobre a crescente judicialização da saúde no Brasil, onde o número de reclamações por danos morais e materiais relacionados à prestação de serviços médicos tem aumentado exponencialmente nos últimos anos, refletindo a busca da população por justiça.