Mulheres jovens enfrentam uma epidemia de ansiedade por causa do uso excessivo de telas, revela estudo alarmante!
2025-04-06
Autor: Lucas
Um novo estudo divulgado no Congresso Europeu de Psiquiatria neste domingo (6) trouxe à tona um problema crescente: mulheres jovens estão em maior risco de desenvolver ansiedade devido ao uso excessivo de celulares. As evidências, coletadas por especialistas da Associação Europeia de Psiquiatria, revelam uma conexão preocupante entre o gênero feminino e o tempo gasto em frente às telas, destacando os efeitos negativos dessa prática.
Attila Szabo, professor da Universidade Eötvös Loránd e um dos principais autores do estudo, compartilha sua análise, afirmando que a dependência do smartphone tem alguma relação com a diminuição do bem-estar mental e um aumento no medo de ser mal interpretado pelos outros. "Embora o tempo de tela não seja o único indicador de uso problemático, ele geralmente está associado a padrões de desregulação emocional e ansiedade social", explica Szabo.
O estudo envolveu a análise do comportamento de 400 jovens adultos, incluindo 104 homens e 293 mulheres, e os resultados mostraram que as mulheres são as mais afetadas pelas consequências do uso constante de dispositivos. Mas por que isso acontece?
Fatores que agravam a ansiedade nas mulheres jovens
- **Pressão social sobre a aparência:** A busca incessante pela validação nas redes sociais pode ser devastadora para a autoestima feminina.
- **Ênfase na conectividade social:** A necessidade de estar sempre conectada pode provocar um ciclo vicioso de comparação e validação.
- **Maior sensibilidade emocional:** As mulheres tendem a ser mais afetadas emocionalmente por interações digitais e podem responder de forma mais intensa a elas.
Neha Pirwani, outra pesquisadora do estudo, alerta que esses fatores podem agravar a ansiedade, já que as interações digitais se tornam a principal fonte de validação emocional. Isso, por sua vez, pode levar à dependência de smartphones e, por consequência, à solidão e depressão.
Embora o estudo não tenha analisado o tipo específico de conteúdo consumido, pesquisas anteriores indicam que atividades como a rolagem passiva nas redes sociais estão fortemente associadas a níveis elevados de ansiedade. O tempo gasto nas redes muitas vezes fornece uma falsa sensação de conexão, mas pode resultar em uma sensação crescente de solidão.
Medidas preventivas sugeridas
Para combater essa realidade alarmante, os pesquisadores defendem a implementação de medidas preventivas. Algumas ações sugeridas incluem:
- **Incentivar o engajamento social offline:** Fomentar atividades que não envolvam telas, como esportes ou grupos de discussão.
- **Estabelecer limites intencionais para o tempo de tela:** Como definir horários específicos para a utilização de dispositivos.
- **Desenvolver mecanismos alternativos de enfrentamento:** Criar estratégias saudáveis para lidar com emoções difíceis.
"Essas medidas não só podem ajudar a reduzir a dependência como também promover o bem-estar mental, especialmente entre mulheres jovens em risco", conclui Szabo. Nesse contexto, é essencial que todos, tanto profissionais de saúde quanto familiares e amigos, se conscientizem sobre os perigos do uso excessivo de telas e busquem alternativas saudáveis de interação.