Na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), a reeleição do deputado bolsonarista André do Prado como presidente foi marcada por controvérsias e alianças inesperadas. Durante a votação, críticas surgiram, especialmente da deputada do PSOL, que atacou as privatizações apoiadas pela Alesp, como o caso da Sabesp e a recente proposta de emenda à constituição (PEC) que flexibiliza gastos em educação. "A Alesp não pode ser uma forma de chancelar o projeto de avanço da extrema direita no estado de São Paulo. É por isso que, hoje, o PSOL coloca a candidatura própria. Queremos muito que essa casa cumpra um papel independente," enfatizou a deputada.

Ao lado do ex-presidente Jair Bolsonaro, o deputado Gil Diniz (PL) declarou seu apoio a do Prado: "Hoje, voto em André do Prado. No futuro, não tão distante, para governador de São Paulo."

Em seu discurso de reeleição, André do Prado expressou gratidão aos colegas parlamentares. "É uma honra estar novamente na presidência desta casa. Sei que a responsabilidade é imensa e agradeço a confiança que todos depositaram em mim." Durante sua fala, ele relembrou a importância da Alesp como pilar da democracia e reforçou o compromisso em garantir transparência e independência nas ações do parlamento.

Ele também agradeceu ao governador Tarcísio e a Valdemar Costa Neto, presidente do PL, destacando a importância da Alesp para a aprovação dos projetos do governo. "O governador tem reconhecido o empenho da assembleia em apoiar suas pautas," disse do Prado.

Em um momento inusitado de seu discurso, ele anunciou que será pai: "Olhem que dia especial: vou ser papai! Três meses da minha esposa Clarissa." Essa revelação gerou euforia entre os presentes.

Guilherme Cortez, líder do PSOL, parabenizou do Prado pela reeleição, mas também ressaltou que o partido abriu mão de apresentar candidatos para os demais cargos da mesa diretora, confiando nas promessas de um funcionamento democrático da casa nos próximos anos. "Optamos por nos retirar das votações, não lançando candidaturas, em prol de um debate mais amplo entre os parlamentares," afirmou Cortez.

A reeleição de André do Prado foi possibilitada por uma PEC recentemente aprovada pela Alesp, que permitiu a reeleição dos membros da mesa diretora, alterando a constituição estadual. Até então, os membros da mesa não podiam exercer mais de um mandato na mesma legislatura.

Considerado um pacificador, Prado conseguiu o apoio de diversos partidos, incluindo o PT, que já tinha apoiado sua primeira eleição. O Partido dos Trabalhadores deve assumir o comando da 1ª secretaria, uma estrutura essencial para a nomeação de cargos na Casa, comumente chamada de "RH da Alesp."

A reeleição de André do Prado revela não apenas as alianças políticas em jogo, mas também a continuidade de uma gestão que promete trazer debates crucial para o futuro do estado de São Paulo. O que mais essa nova administração poderá nos reservar? Fique ligado!