Ciência

Nasa Deixa Para a Próxima Administração Decidir Como Trazer Rochas de Marte

2025-01-09

Autor: Fernanda

A Nasa está avançando com seu audacioso plano para trazer amostras de rochas de Marte para a Terra, mas o método específico ainda não foi definido. Funcionários da agência espacial anunciaram que a decisão ficará a cargo da próxima administração dos Estados Unidos, que será liderada por Donald Trump.

Durante uma coletiva de imprensa na última terça-feira (7), foi revelado que a Nasa descobriu maneiras de acelerar essa missão, reduzindo seu tamanho e peso. O custo estimado da missão havia subido para impressionantes US$ 11 bilhões, mas com as novas revisões, esse valor pode ficar abaixo de US$ 8 bilhões.

"Estamos longe dos US$ 11 bilhões", afirmou Bill Nelson, administrador da Nasa. Ele ressaltou que a missão de trazer amostras de rochas e solo de Marte é uma das prioridades centrais para os cientistas planetários, que acreditam que isso poderá revelar segredos sobre o passado do Planeta Vermelho, incluindo a possibilidade de vida.

Atualmente, a primeira fase da missão está em curso. O rover Perseverance, que pousou em Marte em 2021, está coletando amostras na cratera Jezero, uma região que já foi um antigo delta de rio. A próxima fase do plano, elaborado pelo Laboratório de Propulsão a Jato (JPL), envolve uma sequência complexa de operações.

Em resumo, uma nova espaçonave robótica pousaria próxima ao Perseverance, onde seriam transferidas cerca de 30 amostras de rocha que seriam lançadas em órbita ao redor do planeta. Uma espaçonave da Agênciar Espacial Europeia (ESA) recuperaria essas amostras, trazendo-as de volta à Terra, onde aterrissariam em um deserto de Utah, nos Estados Unidos.

O interessante é que a Nasa percebeu que o foguete necessário para essa operação poderia ser menor e mais leve do que originalmente pensado, o que economizaria ainda mais nos custos. Isso pode levar a Nasa a adotar um sistema de guindaste aéreo, semelhante ao que foi usado nas bem-sucedidas operações dos rovers Curiosity e Perseverance.

Bill Nelson, que deixará a Nasa neste mês, também mencionou que a nova administração poderá decidir sobre a operação em um ano. Para evitar mais atrasos, é crucial que o Congresso destine pelo menos US$ 300 milhões para o projeto ainda este ano.

Esta missão é ambiciosa e inédita, o que torna difícil prever os desafios e custos que ela poderá enfrentar. Inicialmente, as duas espaçonaves necessárias deveriam ser lançadas em 2026, com um custo de US$ 3 bilhões para a Nasa. No entanto, revisões anteriores já indicaram que o lançamento real pode não acontecer antes de 2028, e os custos podem variar entre US$ 3,8 bilhões e US$ 4,4 bilhões. Um estudo mais recente chegou a prever custos de até US$ 11 bilhões, além de atrasos que podem fazer com que as amostras cheguem à Terra apenas em 2040.

Após diversas discussões e reavaliações, a Nasa buscou novas ideias com empresas do setor aeroespacial. A administradora associada da Nasa, Nicola Fox, expressou otimismo sobre os avanços feitos, afirmando que uma nova espaçonave poderia ser lançada em 2030 e outra em 2031.

Outra modificação significativa é a adoção de uma fonte de energia radioativa, substituindo os painéis solares para fornecer energia à missão, e simplificando o sistema de transporte das amostras do rover para o foguete que irá lançá-las.

Com a Nasa em busca de soluções inovadoras, o JPL teve que reduzir sua força de trabalho, demitindo mais de 500 funcionários no início de 2024. As propostas incluem estudos de empresas como Lockheed Martin, SpaceX, de Elon Musk, e Blue Origin, de Jeff Bezos.

Musk já anunciou planos ambiciosos para levar humanos a Marte em 2026 com seu foguete Starship, que ainda está em fase de desenvolvimento. O que será que o futuro reserva para a exploração espacial? Fique atento às próximas atualizações!