O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, desembarcou em Washington no dia 6 de abril de 2025, cumprimentando oficiais das Forças Armadas dos EUA em sua chegada. Este é seu segundo encontro com o presidente Donald Trump desde a posse deste.

Na agenda da reunião programada para esta segunda-feira (7), estão importantes temas como as sanções impostas ao Irã e a recente decisão de Trump de aplicar uma tarifa de 17% sobre produtos israelenses. Este aumento nas taxas gerou preocupação em Tel Aviv e iniciou negociações em larga escala.

De acordo com a Casa Branca, os líderes discutirão não apenas os impactos das tarifas, mas também a recuperação de reféns israelenses, as relações entre Israel e Turquia, a ameaça representada pelo Irã e a polêmica luta contra o Tribunal Penal Internacional (TPI). Este último ponto é altamente sensível, uma vez que o TPI emitiu um mandado de prisão contra Netanyahu, acusando-o de crimes de guerra e contra a humanidade relacionados ao conflito em Gaza.

Em um contexto onde o foco nas tensões em Gaza tende a ser minimizado, os líderes pretendem se concentrar mais nas negociações das tarifas que afetam a economia israelense. Recentemente, mais de 50 países expressaram interesse em renegociar as tarifas estabelecidas, que começaram a ser aplicadas a partir do dia 5.

Trump mencionou que muitos líderes estrangeiros estão insatisfeitos e isso poderia, potencialmente, abrir portas para uma nova rodada de negociações e contestações diplomáticas. A visita de Netanyahu reflete a contínua aliança estratégica entre Israel e os EUA, mas também destaca os desafios econômicos que Israel enfrenta devido às decisões comerciais de Trump.

As conversas entre Netanyahu e Trump também devem abordar a crescente preocupação em Israel sobre as atividades de grupos armados iranianos na região, que ameaçam a segurança e a estabilidade, fazendo dessas discussões um assunto de suma importância para a diplomacia no Oriente Médio.