Durante uma visita à Faixa de Gaza nesta quarta-feira (20), o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou que o Hamas não governará mais a região após o término das hostilidades. Ele ressaltou a determinação de Israel em garantir que o grupo extremista não retome o controle do território.

"Precisamos garantir que o Hamas não governe aqui no dia seguinte à guerra. Essa é a razão pela qual todas essas ações foram iniciadas e continuarão até que a missão seja concluída", afirmou Netanyahu.

Em adição, Netanyahu prometeu uma recompensa substancial de 5 milhões de dólares (cerca de R$ 29 milhões) para palestinos que ajudarem a localizar os 97 reféns que, segundo autoridades israelenses, ainda estão sob controle do Hamas. "Digo também àqueles que desejam escapar deste labirinto: quem nos trouxer um refém encontrará um caminho seguro para ele e sua família. Além disso, ofereceremos uma recompensa de cinco milhões de dólares por cada refém recuperado. A escolha é sua, mas o resultado será o mesmo. Vamos trazê-los de volta", enfatizou o premier.

Desde o início do conflito, em 7 de outubro de 2023, após um ataque devastador do Hamas que resultou na morte de cerca de 1.200 israelenses, a guerra em Gaza já causou a morte de aproximadamente 44 mil pessoas, a maioria civis, conforme relatado pelo Ministério da Saúde de Gaza.

A visita de Netanyahu ocorre em um momento crítico do conflito, com as forças do Hamas debilitadas após mais de um ano de combates intensos e a eliminação de líderes importantes do grupo, como Yahya Sinwar. Esses fatores indicam uma mudança significativa na dinâmica do controle da Faixa de Gaza.

Em uma visita anterior ao enclave, no mês de novembro de 2023, Netanyahu se reuniu com suas forças durante uma trégua temporária, refletindo um compromisso contínuo do governo israelense na busca de soluções e na recuperação de reféns.

Enquanto o cenário se desenrola, a comunidade internacional observa atentamente, temendo pelas vidas dos civis e a possibilidade de um prolongamento da guerra que poderia gerar ainda mais tragédias.