
Noboa Impõe Novo Estado de Exceção no Equador à Véspera de Eleições Quentes
2025-04-12
Autor: Lucas
Estado de Exceção: Uma Medida Controversial
A poucos passos de uma das eleições mais polarizadas da história do Equador, o presidente Daniel Noboa decretou um novo estado de exceção em sete províncias, incluindo a capital, Quito. A medida, que começou a valer no último sábado e se estenderá por dois meses, visa combater o aumento alarmante da violência no país.
Equador: O País Mais Perigoso da América Latina
Hoje, o Equador é considerado o território mais perigoso da América Latina, uma posição consequência do avanço do narcotráfico. Desde o ano passado, o país vive sob um ciclo contínuo de estados de exceção, refletindo uma verdadeira guerra institucional contra grupos criminosos.
Críticas e Suspeitas: Oposição em Alerta
O novo decreto de Noboa, no entanto, não passou em branco. Críticos e opositores, especialmente vinculados à Revolução Cidadã, movimento da candidata Luisa González, temem que este estado excepcional vise, na verdade, controlar a situação após as eleições e silenciar vozes contrárias. Há preocupações sobre a possibilidade de o presidente não aceitar uma derrota nas urnas.
Medidas Extremas: Suspensão de Direitos Fundamentais
Além da imposição do estado de exceção, o decreto de Noboa inclui outras medidas drásticas. Ele suspende, por 60 dias, o direito à inviolabilidade domiciliar, permitindo que policiais e militares ingressem em residências sem autorização judicial. O direito à liberdade de reunião também foi suspenso, e as autoridades agora podem acessar mensagens e comunicados de civis, colocando em risco a privacidade.
Restrição de Trânsito e Temores de Manipulação
Adicionalmente, foram impostas restrições de trânsito nas províncias afetadas, que vão das 22h às 5h, exceto em Quito. A oposição acredita que essas diretrizes têm a intenção de dificultar a mobilização e a organização política após as eleições.
O Dia da Decisão: Cidadãos em Alerta
Neste domingo, os equatorianos vão às urnas a partir das 7h (9h em Brasília) para decidir entre Daniel Noboa e Luisa Gonzáalez. Com o voto obrigatório sendo realizado em papel, os partidos políticos se mobilizaram, lembrando palcos como o da Venezuela, para garantir que seus delegados possam guardar as atas eleitorais, salvaguardando provas contra eventuais fraudes.
Expectativa Alta: Vigilância nas Urnas
Um total de 95 mil cidadãos foram credenciados como delegados para monitorar a votação. Todos ficam em alerta, prontos para confrontar qualquer acusação de irregularidade em um clima onde a tensão paira sobre o futuro político do país.