Se você já viu os comerciais da Nomad estrelados pelo famoso Will Smith, pode imaginar que tudo foi fácil para a fintech brasileira. Mas a verdade é bem diferente! Fundada em 2019 por Patrick Sigrist, um dos criadores do iFood, a Nomad começou suas operações em 2020, no meio da pandemia, com o nome de OutInvest, com a ambição de ser uma conta internacional ligada a uma plataforma de investimentos no exterior.

Lucas Vargas, CEO da Nomad, alerta: “Devemos ter cuidado ao contar a história para não floreá-la”. O ideal inicial era fornecer produtos e serviços fora do real, mas barreiras regulatórias e questões de licenciamento surgiram. Foi então que Vargas entrou na equipe e a estratégia se alterou. “Decidimos inicialmente focar em produtos bancários, como contas e cartões. Já tendo a licença de investimentos nos EUA, priorizamos o uso do cartão para viajantes, levando à mudança de nome para Nomad.”

Vargas, com seu MBA em Harvard e uma trajetória de sucesso em startups (iniciou na Viva Real e atuou na fusão que criou a ZAP Imóveis), ressaltou que nos últimos quatro anos a Nomad já captou mais de US$ 120 milhões em rodadas de investimento. A fintech planeja o crescimento atrelado às novas rodadas de aportes e, na última em 2023, levantou US$ 61 milhões, postergando o ponto de equilíbrio para 2025.

“Queremos seguir o exemplo da XP, que uniu comunicação e educação financeira. Aspiramos ser formadores de opinião no mundo da construção de patrimônio em moeda forte”, afirma Vargas. Atualmente, a Nomad tem mais de 3 milhões de usuários cadastrados e 2 milhões de usuários ativos, tendo visto os ativos sob sua custódia aumentarem em mais de 40 vezes em 18 meses.

O faturamento da fintech em 2023 atingiu R$ 250 milhões, com projeção de dobrá-lo em 2024, e suas cinco principais fontes de receita incluem conversion spread do real para o dólar, taxa do uso do cartão, receita financeira do float, ganhos de produtos de investimento, e transações de trabalhadores brasileiros que prestam serviços no exterior.

A Nomad está se preparando para o lançamento de sua plataforma 2.0, planejando uma cesta de produtos diversificados, como títulos do governo e outras opções de renda fixa, que ajudarão os brasileiros a proteger seus patrimônios com segurança fora do país. Vargas garante que a nova plataforma deve ser liberada ao público entre 2024 e 2025, após alguns testes.

E não para por aí! Embora já estruturada para investimentos, Nomad continua a priorizar o turismo. Com planos de lançar produtos como a plataforma Nomad Trips, que facilitará a compra de passagens e hospedagens, e o Nomad Explores, um cartão de crédito para uso no Brasil, a fintech também continuará a inovar com o Shop and Travel, voltado para o público viajante.

Novas estratégias de marketing estão em pleno andamento. A Nomad, agora se apresentando como uma entidade de investimentos, ampliará seu canal de educação financeira, que já se destaca no YouTube. “Queremos criar um grande movimento em educação financeira, como a XP fez há uma década. O futuro é promissor e estamos prontos para crescer!” conclui Vargas. Não fique de fora dessa revolução financeira!