Mal esfriou a polêmica sobre a carne brasileira, e já surgem novos desafios para Alexandre Bompard, presidente mundial do Carrefour. Agora, o foco da controvérsia recai sobre Jean-Charles Naouri, antigo controlador do Grupo Casino, um gigante do varejo na Europa que, no Brasil, foi responsável pelo Grupo Pão de Açúcar.

Recentemente, Naouri moveu um processo na França contra um grupo de investidores e executivos, alegando que eles tramaram sua queda e levaram o Casino à bancarrota. Entre os acusados estão Carlson Block, do fundo Muddy Waters Research, o acadêmico William Ury, e o empresário brasileiro Abílio Diniz, acionista do Carrefour e rival histórico de Naouri.

As implicações para Bompard são significativas, pois ele é indiretamente mencionado como um dos proponentes de uma tentativa de aquisição do Casino pelo Carrefour em 2018, proposta que foi considerada ultrajante por Naouri. A recente crise afetou profundamente a reputação da rede francesa, que teve que se desculpar publicamente pela má qualidade da carne oferecida no Brasil, após denúncias e acusações deente de que estavam oferecendo produtos abaixo do padrão.

O processo em questão aguarda um juiz e aborda questões complicadas, como manipulação de preços, divulgação de informações enganosas e corrupção ativa. Segundo os advogados de Naouri, toda essa confusão começou em 2015, quando o relatório da Muddy Waters devastou as finanças do Casino.

O que poucos sabem é que a disputa entre Diniz e Naouri não se limita ao Brasil. Em uma reviravolta no mercado global, a rivalidade esquentou entre os gigantes do varejo, e as decisões que estão sendo tomadas agora podem ter um impacto significativo no futuro do setor no Brasil e no exterior.

Os advogados de Naouri afirmam que essa situação, marcada por ataques coordenados, resultou não só na queda do Casino, mas também em sérias consequências sociais, especialmente para os funcionários que foram afetados por cortes de emprego e fechamento de lojas nos últimos anos. Depois de uma batalha acirrada, Naouri vendeu o grupo para o bilionário tcheco Daniel Kretinsky em março.

Agora, a pergunta que fica é: o Carrefour conseguirá se manter longe de novas controvérsias? A luta pelo controle e a preocupação com as táticas do concorrente podem transformar esse cenário em um verdadeiro jogo de xadrez no setor de varejo!