Novo Congresso dos EUA: Mais Velho, Branco e Dominado por Homens
2025-01-03
Autor: Fernanda
O Congresso dos Estados Unidos, que tomou posse recentemente, se revela ainda mais envelhecido e homogêneo em termos étnicos, em contraste com a legislatura anterior. Dados de centros de pesquisa indicam que, com a chegada de Donald Trump ao comando do país, o 119º Congresso se consolidou como um reflexo da predominância masculina e branca no cenário político americano.
No dia 5 de novembro de 2024, os republicanos conquistaram a maioria nas duas Câmaras do Legislativo. A Câmara dos Representantes conta com 219 deputados republicanos, um a mais do que o necessário para a maioria, enquanto no Senado, os republicanos somam 52 senadores em oposição a 45 democratas e 2 independentes que se alinham à oposição.
A perda de representatividade entre grupos demográficos significativos é alarmante. Os hispânicos, por exemplo, caíram de 61 para 45 membros, e a população negra também registrou uma queda, passando de 64 para 60 congressistas. A idade média dos membros da Câmara é de 58 anos, enquanto no Senado, essa média é de impressionantes 63 anos.
Uma pesquisa realizada pelo Pew Research Center revelou que uma esmagadora maioria de 87% dos membros do Congresso se identifica como cristão, sendo 55% protestantes e cerca de 30% católicos, o que confirma a pouca diversidade religiosa no ambiente legislativo. Apenas 6% são judeus e menos de 2% se identificam como mormons, budistas, muçulmanos ou hindus.
A divisão de gênero continua a ser uma questão preocupante, com a Casa sendo composta por 72% de homens e apenas 28% de mulheres. No Senado, essa disparidade é ainda mais acentuada, com 75% de homens e 25% de mulheres. Um dado positivo é a inclusão de Sarah McBride, a primeira mulher trans eleita para o Congresso, que no entanto enfrentou resistência de deputados republicanos antes mesmo de assumir seu cargo.
O que essa configuração do novo Congresso significa para o futuro dos EUA? Especialistas alertam que essa falta de diversidade pode impactar negativamente as políticas públicas, já que a representação adequada é fundamental para atender às necessidades de uma população cada vez mais diversificada. Além disso, as implicações sociais e políticas desse envelhecimento e homogeneidade são várias, desde a necessidade de discussões mais inclusivas até as críticas quanto à capacidade do Congresso de lidar com questões contemporâneas, como a desigualdade e direitos civis.
As próximas eleições serão cruciais para avaliar se os cidadãos estão prontos para promover mudanças significativas no perfil de seus representantes ou se continuarão a optar pela manutenção do status quo a que estamos habituados. Fique atento, pois o futuro do Legislativo americano está em jogo!