Novos áudios expõem plano golpista do Exército: 'Guerra civil é iminente'
2024-11-25
Autor: João
Novas mensagens vazadas revelam uma alarmante articulação entre membros do Exército brasileiro, discutindo a possibilidade de um golpe de Estado para derrubar o governo atual. As conversas, que envolvem figuras chave da alta cúpula militar, trazem à tona uma preocupação crescente com a situação política do país após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva nas eleições de 2022.
Uma troca de mensagens entre Mauro Cid, ex-ajudante do ex-presidente Jair Bolsonaro, e o General Mário Fernandes sugere que Cid planejava se reunir com Bolsonaro antes do dia 12 de um mês não especificado, potencialmente para discutir mobilizações militares. "Ele espera o momento certo, mas o tempo está se esgotando", disse Cid, deixando claro que uma ação militar estava em discussão.
Em uma conversa tensa, o coronel Roberto Criscuoli declarou que "é guerra civil agora ou guerra civil depois", referindo-se à crescente insatisfação popular com o governo. Ele enfatizou a urgência de uma decisão, insinuando que se ações não fossem tomadas rapidamente, a situação poderia escalar para um conflito aberto entre militares e civis.
"Se não tomarmos uma atitude agora, depois pode ser pior. O povo já está nas ruas", alertou Criscuoli, que também expressou temor de que o governo atual acabasse por enfraquecer o Exército.
Em um tom enfático, Mário Fernandes instou seus colegas a inflamar as massas, citando comparações com o golpe militar de 1964, em que a mobilização popular foi essencial para a justificativa das Forças Armadas. "Clamor popular, como em 64. A gente precisa disso para uma intervenção militar", disse ele, argumentando que seria necessário incitar revolta para compeli-los a agir.
O general Hélio Osório de Coelho também deixou explícitas suas intenções radicais durante debates, afirmando estar "pronto para morrer pelo Brasil" e preferindo a guerra a viver sob um governo que considera criminoso. Suas declarações revelam a escalada de tensões dentro das Forças Armadas, que mantém um papel influente na política do país.
Esse tipo de conversa militar não é algo raro, mas está despertando preocupação significativa entre especialistas políticos e analistas militares. Existe um sentimento crescente de insegurança sobre a estabilidade da democracia no Brasil, principalmente por causa das declarações insinuando uma inclinação para ação golpista.
Além disso, Mário Fernandes sugeriu que Bolsonaro reintegrasse o General Walter Braga Netto à Defesa, considerando-o um defensor mais comprometido dos interesses golpistas. As conversas também expõem uma clara divisão entre a elite militar e os líderes do governo civil, levando a especulações de que um cenário de crise poderia se alinhar com uma nova tentativa de intervenção militar.
As mensagens obtidas revelam não apenas a fragilidade da democracia brasileira, mas também os riscos de má gestão e radicalização entre as autoridades militares. A pergunta que fica é: até onde esses militares estão dispostos a ir para retomar o poder? A sociedade brasileira precisa estar atenta, pois a história pode estar prestes a se repetir.