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O Alemão que Transformou Raphinha em Ídolo do Barcelona e é o Arquiteto do 7 a 1

2025-01-14

Autor: Carolina

Hansi Flick, o treinador que revolucionou o Barcelona sob a liderança de Raphinha, é também o cérebro por trás do lendário 7 a 1 da Alemanha sobre o Brasil na Copa do Mundo de 2014. Flick se destacou como um especialista em táticas, mergulhando na análise dos adversários e planejando jogadas de bola parada que foram decisivas para a vitória.

Foi sua ideia a cobrança de escanteio que resultou no primeiro gol dessa partida histórica, marcado por Thomas Müller, com assistência de Toni Kroos e um deslocamento estratégico de Miroslav Klose. Além disso, Flick ganhou notoriedade por ser o responsável das instruções que levaram Mario Götze a marcar o gol do título na final contra a Argentina.

Depois daquela vitória consagradora, Flick continuou sua trajetória no futebol, sendo diretor esportivo da Federação Alemã até 2017. O retorno ao comando de um time ocorreu em 2019, quando ele se tornou auxiliar técnico de Niko Kovac no Bayern de Munique. Rapidamente, foi promovido a treinador e, em 2020, esteve à frente de outra goleada impressionante: o Bayern venceu o Barcelona por 8 a 2 nas quartas de final da Champions League.

Essa vitória não apenas impulsionou o Bayern rumo ao título, que mais tarde conquistou contra o PSG, mas também escandalizou o Barcelona, que contava com estrelas como Lionel Messi. Aquela derrota levou à demissão do técnico Quique Setién e a uma reforma drástica no elenco catalão.

Avançando quatro anos após a humilhante derrota, Flick acabou assumindo o comando do Barcelona em um momento delicado. Ele chegou ao clube em um período marcado por crises, com o Barcelona enfrentando eliminações consecutivas na Champions League e uma grave crise financeira. Além disso, o desejo dos dirigentes do clube por um treinador que conhecesse a fundo a filosofia e a cultura do Barcelona parecia um obstáculo.

Inicialmente sem domínio da língua espanhola e sem entender as intrígues internas do clube, Flick não se deixou intimidar. Ele implementou uma nova rotina de treinos, passando a realizar duas sessões diárias e introduzindo um treinamento no dia dos jogos, algo inédito para o Barcelona. Essa mudança não só ampliou a carga de treinos, mas também melhorou a qualidade das práticas, deixando os jogadores exaustos, mas mais preparados.

O trabalho do treinador teve um impacto notável no desempenho da equipe na temporada 2024-25. Com o Barcelona se destacando como vice-líder na fase de grupos da Champions League, conquistando a Supercopa e aplicando duas goleadas impressionantes no Real Madrid – 4 a 0 no Bernabéu e 5 a 2 na Arábia Saudita – tudo isso com uma abordagem focada em valorizar jogadores jovens e promovê-los, como é o caso de Raphinha.

O atacante brasileiro, agora um dos líderes técnicos do time, foi escolhido como um dos capitães na votação popular do início da temporada. Em virtude das ausências de Ter Stegen, Araújo e De Jong devido a lesões, Raphinha assumiu a responsabilidade de liderar em muitos jogos, mostrando um crescimento notável.

A confiança de Flick e o papel de liderança deram a Raphinha a oportunidade de brilhar, resultando em sua melhor fase aos 28 anos, com 19 gols já marcados na temporada – um recorde pessoal. Esse desempenho notável elevou sua posição a um status que antes parecia inalcançável: a de ídolo do clube.

Assim, a história de Raphinha na nova era sob Flick é um testemunho de muito trabalho duro, perseverança e a crença de um treinador que apostou no potencial dele como nenhum outro.