O padre Fábio de Melo, renomado sacerdote e figura pública, revelou que há seis anos enfrenta a situação angustiante de ser perseguido por uma fã. O que começou como simples demonstrações de afeto acabou evoluindo para um caso de assédio, levando o padre a registrar um boletim de ocorrência. Em uma recente entrevista ao programa Sem Censura da TV Brasil, ele compartilhou detalhes alarmantes sobre essa experiência.

Durante a conversa, o padre contou que a admiradora insiste em procurar por ele em sua residência e até afirma ter um casamento planejado com ele. ‘Ela jura de pé junto que eu a amo, que sou apaixonado por ela’, afirmou Fábio, claramente aflito com a situação. A fã tem criado perfis falsos nas redes sociais e feito ameaças, o que levou o religioso a buscar apoio da polícia. ‘Não teve outro jeito, a situação saiu do controle’, lamentou o padre, que se vê em uma posição desconfortável e invasiva.

A psicóloga Letícia de Oliveira, que comentou o caso, explica que a perseguição pode ser um sinal de que a fã apresenta um quadro de confusão entre o que é real e o que é imaginário. Segundo a especialista, ‘é difícil mensurar o que de fato acontece com essa fã, mas a hipótese mais plausível é que se trata de uma pessoa que mistura sua realidade com uma ficção criada a partir de suas obsessões.’ Ela sugere que a fã pode estar enfrentando um surto bipolar ou até mesmo uma crise esquizofrênica, onde baixa a capacidade de discernir entre seus devaneios e a realidade.

Letícia ainda ressalta que esse tipo de comportamento é perigoso, pois a falta de compreensão da própria situação pode levar a ações impulsivas e potencialmente agressivas. O padre Fábio, por sua parte, tomou a atitude adequada ao buscar segurança e proteção.

A psicóloga sugere que, além da intervenção de instituições de segurança, a fã deve receber apoio profissional em saúde mental. ‘É fundamental que essa pessoa busque ajuda em serviços como o CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), pois claramente não está em seu melhor estado emocional e psicológico, e precisa de assistência para voltar à realidade e entender o que é realmente verdadeiro’, conclui Letícia.

Este caso não apenas destaca a pressão que figuras públicas podem enfrentar por conta de admiradores fanáticos, mas também levanta questões importantes sobre saúde mental e a necessidade de apoio psicológico para aqueles que demonstram comportamentos obsessivos.