O Povo Isolado Mais Temido do Mundo: Aproximação dos Mashco Piro Gera Alerta no Acre!
2024-11-17
Autor: Maria
Recentemente, uma situação alarmante se desenrolou na região do Acre, onde o povo Mashco Piro, considerado o maior grupo indígena isolado do mundo, foi avistado mais próximo do que nunca das aldeias evangélicas dos Manchineri. De acordo com o Ministério dos Povos Indígenas (MPI), embora historicamente houvesse uma coexistência pacífica entre os Manchineri e os Mashco Piro, a invasão de uma residência na aldeia Extrema em outubro causou pânico na comunidade local.
Esse evento inédito, marcado pelo furto de ferramentas, sinaliza uma mudança drástica no comportamento dos Mashco Piro. Especialistas levantam hipóteses sobre as causas dessa aproximação, sugerindo que a grave seca na região e a atuação de madeireiros do lado peruano da fronteira podem estar forçando os indígenas a se deslocarem. Não é surpreendente que, do lado peruano, a tensão aumente como resultado de conflitos que já culminaram na morte de madeireiros em setembro.
Em um pedido desesperado por ajuda, os Manchineri recorreram ao governo brasileiro para garantir sua segurança. O cenário levou à criação de uma sala de situação para monitorar a presença dos Mashco Piro e evitar possíveis contatos. Lucas Manchineri, presidente da Associação Manxinerune Ptohi Phunputuru Poktshi Hajene, destacou a urgência da situação, alertando que a aproximação do povo isolado está em um padrão crescente, o que exige ações preventivas de saúde e segurança.
A Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) tem estado atenta à situação e, desde o avistamento, implementou medidas para proteger os indígenas isolados. Eles afirmam que uma barreira sanitária está sendo construída para prevenir o contato entre os grupos, considerando que qualquer interação poderia expor os Mashco Piro a doenças para as quais não têm imunidade.
Entretanto, a pressão do lado peruano é preocupante. Pesquisadores da ONG Survival International alertam que, após concessões feitas a madeireiros na região de Madre de Dios, os Mashco Piro estão em risco ainda maior, o que os leva a buscar refúgio em áreas brasileiras. A situação de violência gerada por conflitos de terra e a exploração madeireira aumenta o temor de um possível genocídio. Priscilla Oliveira, pesquisadora da entidade, afirma que um encontro entre os Mashco Piro e Manchineri poderia resultar em tragédias irreversíveis devido à vulnerabilidade imunológica do povo isolado.
Enquanto a Funai e o Ministério da Saúde brasileiro se mobilizam para fortalecer o apoio ao DSEI (Distrito Sanitário Especial Indígena) Alto Rio Purus, a saúde e o bem-estar dos indígenas em questão dependem de um monitoramento eficaz e de ações coordenadas que evitem um colapso humanitário. A situação é crítica e requer atenção imediata das autoridades para garantir que essa interação potencialmente catastrófica seja evitada.