É impressionante como muitos torcedores estão enxergando falhas na Seleção Brasileira, enquanto a comissão técnica parece não dar o devido valor a isso. Mas, a verdade é que eles estão cientes.

Na partida contra a Colômbia, o Brasil apresentou uma performance melhor do que no último confronto durante a Copa América. Basta comparar os dois jogos. Poderíamos analisar os números se a preguiça não predominasse.

Embora o Brasil tenha dominado a posse de bola em Santa Clara, finalizando mais que a Colômbia desta vez (13 chutes, sete deles no alvo), a equipe ainda precisa melhorar, principalmente no controle das partidas. Até o treinador Dorival Júnior reconhece essa necessidade.

Nos primeiros 15 minutos, a Seleção jogou de forma excelente e teve um bom desempenho nos últimos 15 minutos também. No entanto, no meio do jogo, a Colômbia ajustou sua postura tática, pressionando a saída de bola brasileira e dificultando o jogo do Brasil.

Originalmente com a formação 4-3-3, a Colômbia se adaptou para um 4-2-3-1, o que acabava dificultando a vida do Brasil. Embora a pressão inicial tenha aberto espaço para Raphinha lançar Vinícius Júnior na jogada do pênalti, os primeiros passes da Seleção começaram a ser interceptados à medida que os espaçamentos rarefizavam.

Esse tipo de adaptação tática também será um desafio contra a Argentina no próximo ano na Copa do Mundo em Buenos Aires. Portanto, é essencial que o Brasil treine e aprimore sua capacidade de lidar com esses tipos de situações.

Por outro lado, é uma cegueira afirmar que a equipe não evoluiu. O time demonstra um entendimento tático mais apurado e uma maneira de jogar mais definida, mas ainda está longe de ser perfeito.

É evidente que eles não estão totalmente prontos. A Seleção precisa melhorar nos mecanismos de pressão para recuperar a bola no ataque e evitar a perda dela na defesa. A fluidez na circulação de bola, que tira a tranquilidade do adversário, também é algo que precisa de atenção.

Dorival Júnior tem consciência de que o trabalho ainda está em andamento. Há espaço para crescimento sob a mesma comissão técnica atual. Trocar de técnico nesse momento, sem dúvida, só atrasaria todo o processo de evolução da equipe.