O que o Telegram diz sobre pornografia e o polêmico banimento do canal de Simaria?
2024-11-23
Autor: Carolina
Recentemente, o Telegram se envolveu em uma controvérsia ao banir um canal dedicado à cantora Simaria, ação que levantou questões sobre o que a plataforma considera conteúdo proibido. Segundo suas diretrizes, o Telegram proíbe a veiculação de spam, violência e atividades que são reconhecidas como ilegais na maioria dos países, incluindo abuso infantil e a venda de itens como drogas e armas. Além disso, para se inscrever na plataforma, os brasileiros devem ter pelo menos dezesseis anos, uma medida que visa proteger os usuários mais jovens.
Porém, um levantamento alarmante realizado pela SaferNet revelou que mais de 1,25 milhão de usuários brasileiros estão envolvidos em grupos e canais que compartilham conteúdo pornográfico e até mesmo imagens de abuso sexual infantil. Um dos canais, que ainda estava ativo até recentemente, contava com cerca de 200 mil membros, o que demonstra a dificuldade que a plataforma enfrenta para moderar conteúdos impróprios.
O que é ainda mais intrigante é que, enquanto a equipe do Telegram está atenta a conteúdos relacionados à violência e abuso, canais abertamente pornográficos permanecem disponíveis em sua rede. A colunista Fábia Oliveira, do Metrópoles, destacou que o canal "Simaria Canal Oficial", que tinha uma base de fãs leal e ativo por anos, foi excluído, levantando questões sobre a consistência das políticas de moderação de conteúdo aplicadas pela plataforma. Muitos usuários estão se perguntando: por que banir um canal de uma artista, enquanto outros conteúdos mais preocupantes permanecem nas sombras? Essa situação expõe a necessidade urgente de uma revisão nas diretrizes de conteúdo e ferramentas de moderação do Telegram.