Ciência

O que realmente acontece no nosso cérebro na hora da morte? Descubra agora!

2025-01-04

Autor: Gabriel

O mistério que sempre cercou o momento da morte começa a ser desvendado pela ciência. Embora não possamos saber exatamente o que acontece nesse instante, estudos recentes revelam detalhes intrigantes sobre a atividade cerebral nos últimos momentos da vida.

Atividade cerebral surpreendente

Contrariando a crença popular, o cérebro não se desliga imediatamente após o coração parar. Em uma pesquisa realizada em 2013, cientistas observaram que ratos de laboratório apresentaram um aumento na atividade cerebral mesmo depois da parada cardíaca. Mais impressionante ainda, um estudo recente analisou a atividade cerebral de uma pessoa em seus últimos momentos, e os resultados foram surpreendentes: houve um aumento significativo das chamadas ondas gama, que estão associadas a funções cognitivas avançadas como concentração, meditação e recordação de memórias.

O papel das Experiências de Quase Morte

Até 20% das pessoas que sofreram uma parada cardíaca relatam ter vivido experiências de quase morte (EQMs). Esses relatos incluem visões de luzes brilhantes, sensações de paz profunda e até encontros com entes queridos falecidos. Os cientistas acreditam que essas experiências estão ligadas à atividade cerebral, que se intensifica frente à falta de oxigênio e a alterações químicas. As ondas gama, especialmente, podem contribuir para essas percepções extraordinárias, como a revisão dos momentos mais significativos da vida.

O Córtex Somatossensorial em ação

Um estudo da Universidade de Michigan revelaram que, logo após o desligamento de aparelhos de suporte à vida, houve aumento na frequência cardíaca e atividade de ondas gama em áreas específicas do cérebro, especialmente no córtex somatossensorial. Esta área é ligada a sonhos, alucinações e estados alterados de consciência, sugere que o cérebro poderia estar experimentando uma última 'memória da vida'.

A dor na hora da morte

Embora muitos se questionem se sentirão dor ao morrer, especialistas afirmam que, em geral, é improvável. Vários fatores fisiológicos e neurológicos ocorrem nas fases finais da vida, como a liberação de substâncias químicas que promovem a sensação de paz e diminuem a percepção da dor. As pessoas, em seu processo de morrer, costumam apresentar uma indiferença que resulta da desativação gradual do corpo, reduzindo a capacidade de sentir dor.

A importância da dignidade na morte

Essas descobertas não são apenas fascinantes sob a ótica científica, mas também levantam questões éticas e médicas importantes. Compreender melhor o que acontece nos últimos momentos de vida pode revolucionar os cuidados paliativos, garantindo que as pessoas tenham um fim de vida mais tranquilo e digno.

Além disso, a forma como definimos o momento da morte é crucial para decisões relativas ao suporte de vida e doações de órgãos. Embora ainda haja muito a aprender, a pesquisa atual nos convida a valorizar cada instante, pois nunca sabemos quando será nossa hora de partir. Talvez, nesse último suspiro, possamos nos ver envolvidos em uma viagem por nossas próprias memórias.

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