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Oclocracia em Alta: OTAN Lança Exercício Nuclear com 60 Caças e 2 Mil Soldados; Rússia Alerta para Escalada de Tensões

2024-10-15

Autor: Maria

A OTAN começou, nesta segunda-feira (14), um exercídio militar nuclear na Europa denominado "Steadfast Noon", que promete agitar ainda mais as relações entre o bloco ocidental e a Rússia, que já vive uma situação tensa devido à guerra na Ucrânia.

O exercício, que se estenderá por duas semanas, conta com a participação de mais de 60 aeronaves, incluindo caças avançados F-35A, capazes de transportar ogivas nucleares. Apesar da magnitude da operação, a OTAN afirma que não haverá uso real de armamento nuclear. A mobilização envolve cerca de 2 mil soldados, realizando voos de treinamento principalmente sobre a Bélgica, Holanda, Dinamarca, Reino Unido e no Mar do Norte.

"Este exercício é fundamental para demonstrar a capacidade de dissuasão nuclear da Aliança e enviar uma mensagem clara a quem deseja nos desafiar", comentou Mark Rutte, secretário-geral da OTAN. Este tipo de operação é parte de uma rotina anual da organização, evidenciando a persistente tensão que caracteriza a relação entre a Rússia e os países ocidentais.

O background dessa dinâmica é a guerra entre a Rússia e a Ucrânia, que começou em 2022 após a invasão russa, e se intensificou nos últimos meses com uma ofensiva da Ucrânia em território russo. Recentemente, a Rússia reivindicou o controle de novas áreas, aumentando as preocupações sobre a expansão do conflito.

As declarações de Vladimir Putin, que afirmou estar pronto para usar armas nucleares se necessário, são um reflexo da gravidade da situação. Ele também alertou sobre consequências severas se a Ucrânia receber apoio militar dos países ocidentais, incluindo mísseis de longo alcance.

Além de confirmar a prontidão dos F-35, a OTAN destacou o envolvimento de 13 países no exercício, reforçando seu compromisso com a defesa coletiva. O Kremlin, por sua vez, criticou o treinamento militar da OTAN, alegando que ele escalona as tensões em um cenário já delicado e caracterizando-o como provocativo.

Dmitry Peskov, porta-voz do Kremlin, expressou que tais exercícios não fazem mais do que agravar a situação e tornar as negociações sobre segurança e desarmamento quase impossíveis. No entanto, a OTAN permanece firme, com Rutte afirmando que não se deixará intimidar e continuará apoiando a Ucrânia incondicionalmente.

À medida que as tensões aumentam, a comunidade internacional observa ansiosamente os desdobramentos. O que esse exercício pode significar para a segurança na Europa e para as relações internacionais é uma questão que continua a ser debatida entre analistas e especialistas em geopolítica.