Ondas de Calor Ameaçam o Futuro: Prepare-se para o Que Vem Aí!
2024-11-11
Autor: Matheus
Em setembro de 2023, os Estados Unidos vivenciaram um dos meses mais quentes já registrados, e as consequências dessa elevação nas temperaturas já estão se tornando alarmantes. O verão que passou também foi o mais quente da história, e especialistas afirmam que 2023 se encaminha para ser um dos anos mais escaldantes que já vivemos.
A resistência do corpo humano ao calor é limitada, e os números são preocupantes: aproximadamente 60 mil vidas foram perdidas na Europa devido ao calor intenso em 2022, enquanto a Rússia registrou cerca de 55 mil mortes em 2010. Estudos recentes indicam que a vulnerabilidade humana ao calor pode ser ainda maior do que se imaginava.
Matthew Huber, diretor do Instituto para um Futuro Sustentável na Universidade Purdue, em Indiana, afirma que “é assustador” perceber que as ondas de calor podem se tornar mais frequentes e intensas. Em uma pesquisa anterior, Huber e Steven Sherwood, da Universidade de Nova Gales do Sul, na Austrália, descobriram que a umidade tem um papel crucial na resistência do corpo ao calor. Eles propuseram um fator chamado temperatura de bulbo úmido (Tw), que leva em consideração a umidade do ar.
O funcionamento do termômetro de bulbo úmido é simples: ele é envolto em algodão úmido, e a evaporação resfria o bulbo, simulando o efeito do suor no corpo humano. A pesquisa indicou que um Tw de 35°C seria o limite em que um humano jovem e saudável poderia sobreviver cerca de seis horas sob condições ideais. Contudo, Huber e Sherwood previram que, com um aumento de 5 a 7 graus Celsius na temperatura global, essas condições extremas poderiam se tornar realidade, ameaçando a habitabilidade de várias regiões do planeta.
Embora tal aquecimento parecesse distante, pesquisadores atuado modelos climáticos previram que sem reduções significativas nas emissões de carbono, regiões como a China poderiam enfrentar esses limites já em 2070, enquanto o Golfo Pérsico, Índia e sudeste asiático poderiam seguir até o fim do século.
Surpreendentemente, quase 2 bilhões de pessoas poderiam enfrentar temperaturas insuportáveis em um futuro próximo. As mortes causadas por calor extremo poderiam ultrapassar as de doenças infecciosas, rivalizando até com as taxas de mortalidade por câncer e doenças cardíacas.
Além disso, em 2020, estudos mostraram que algumas áreas do Oriente Médio já haviam superado as condições de limite algumas vezes desde 2005. Larry Kenney, professor de fisiologia da Penn State, sugere que a tolerância real ao calor pode ser ainda mais baixa do que se pensava anteriormente. Em um experimento, Kenney descobriu que a tolerância máxima é de apenas 31°C.
O que faz ainda mais alarmante é que, se nada for feito para mitigar as emissões e estimular um comportamento mais sustentável, podemos estar à beira de um desastre climático. A sociedade precisa urgentemente acordar para essa realidade e tomar medidas eficazes antes que seja tarde demais. Você está preparado para o calor que vem por aí? 🌡️🚨