Ciência

Os americanos criam a primeira IA capaz de criar material genético de seres vivos; descubra o que isso representa!

2024-11-22

Autor: Matheus

A inteligência artificial Evo, desenvolvida pela equipe liderada pelo biólogo Brian Hie da Universidade de Stanford, promete revolucionar a pesquisa genética. Seu objetivo inicial é acelerar a descoberta de medicamentos e a compreensão de doenças, mas há preocupações sérias sobre seu uso indevido.

Esta IA é projetada para gerar sequências de DNA sintéticas, algo que pode ser incrível para o avanço da biotecnologia, podendo conduzir à criação de novas proteínas e, potencialmente, novos organismos. Contudo, os especialistas alertam que, se mal utilizada, Evo poderia facilitar a criação de armas biológicas, pragas devastadoras ou drogas ainda mais letais.

Diferente de muitos projetos secretos de IA, Evo será disponibilizada publicamente, permitindo que cientistas de todo o mundo a utilizem. Isso gera um dilema: enquanto democratiza o acesso à tecnologia, também aumenta o risco de aplicações perigosas.

Durante os testes, Evo demonstrou a capacidade de compreender a linguagem do DNA como modelos de IA mais comuns fazem com o texto. O sistema foi alimentado com bilhões de sequências genéticas de microrganismos, permitindo-lhe analisar a funcionalidade de genes de vírus e bactérias, além de elaborar novas sequências de DNA. Os resultados têm sido promissores, apesar de parte do processo ainda estar em fase experimental.

Os cientistas que trabalham com Evo perceberam que, conforme ele aprende, poderá prever como mutações afetam as proteínas, uma descoberta que pode acelerar a identificação de novas mutações relacionadas a doenças hereditárias, como alguns tipos de câncer. Um uso imediato da IA seria para analisar variantes de significado incerto (VUS), que muitas vezes confundem os médicos em relação aos riscos genéticos.

Além disso, Evo foi projetado para fortalecer as técnicas de edição genética, especialmente as associadas ao CRISPR, uma ferramenta poderosa para modificar o DNA. Um avanço neste campo poderia levar à cura de doenças genéticas e à criação de organismos com características desejáveis, como plantas mais resistentes a pragas.

Entretanto, a possibilidade de que Evo também aprenda a criar superbactérias ou vírus que escapam à nossa imunidade não pode ser ignorada. Esse é um risco que os especialistas estão levando em consideração, à medida que a IA evolui.

A crescente capacidade da IA em entender e manipular DNA representa um dos maiores saltos na ciência até o momento, mas traz à tona questões éticas e de segurança que a sociedade precisará enfrentar. O futuro da biotecnologia e da pesquisa genética será moldado não apenas pelos avanços tecnológicos, mas também pelas escolhas que fizermos sobre como usar essa tecnologia. Prepare-se, pois estamos à beira de uma nova era que pode mudar o que sabemos sobre a vida e a saúde!