A famosa revista Newsweek revelou uma análise preocupante sobre a economia dos Estados Unidos, destacando sinais que indicam uma potencial recessão no país sob a administração de Donald Trump.

Embora a Casa Branca demonstre otimismo em relação ao crescimento econômico, especialistas alertam que os sinais de uma crise econômica em 2025 não podem ser ignorados.

1. Confiança do consumidor em queda

Um dos principais sinais é a drástica queda na confiança do consumidor. O índice do Conference Board caiu por quatro meses seguidos, atingindo o menor nível desde janeiro de 2021, com uma queda de 7 pontos entre fevereiro e março. Além disso, as expectativas para o futuro econômico dos consumidores estão no pior nível em 12 anos, com um índice abaixo de 80 pontos, um marco que frequentemente precede recessões.

2. Aumento da inadimplência em cartões de crédito

O endividamento dos americanos alcançou um alarmante US$ 1,2 trilhão no final de 2024, enquanto os atrasos em pagamentos superiores a 90 dias dobraram desde 2022, de acordo com o Federal Reserve Bank de Nova York. Esse aumento na inadimplência em crédito privado sugere que a crise pode atingir não apenas os grandes devedores, mas também a base da pirâmide econômica.

3. Incerteza nos negócios

A estratégia de tarifas de Donald Trump trouxe um clima de incerteza aos investidores internacionais e tem afetado as pequenas e médias empresas. O índice da National Federation of Independent Business (NFIB) mostrou que o número de empresários que acreditam ser um bom momento para expandir seus negócios caiu drasticamente, refletindo um aumento nas preocupações com custos e inflação.

4. Política comercial instável

A guerra tarifária, que promete intensificação no próximo dia 2 de abril, resultou no maior nível de incerteza nas políticas comerciais desde 2019. O aumento de tarifas sobre importações de diversos países e setores tem gerado incertezas que dificultam a previsibilidade de negócios.

5. Expectativas de inflação alarmantes

Embora a inflação tenha mostrado sinais de desaceleração, as expectativas para os próximos 12 meses continuam elevadas. A Universidade de Michigan relatou um aumento na previsão de inflação para 4,3% ao ano, o maior índice desde novembro de 2022. Isso gera preocupação entre economistas, pois uma inflação em alta pode comprometer ainda mais o poder de compra dos consumidores.

Além disso, o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu 2,4% no quarto trimestre de 2024, um crescimento que, apesar de positivo, foi abaixo do esperado e sem a implementação das tarifas amplamente prometidas por Trump.

Uma eventual recessão nos EUA poderia desencadear uma série de efeitos em cadeia ao redor do mundo, como observado durante as crises de 2008 e 1929, fazendo com que economistas se mantenham em alerta constante frente a quaisquer movimentações na economia norte-americana.