Estamos vivendo em uma era de descobertas sobre os processos de envelhecimento, e cientistas como o neurologista Costantino Iadecola, da Escola Superior de Medicina Weill Cornell, estão na vanguarda dessas pesquisas. Iadecola investiga como o sistema vascular do cérebro impacta a saúde mental conforme envelhecemos.

Uma conclusão surpreendente revela que mudanças físicas e biológicas afetam nossa saúde neuronal, levando à deterioração do cérebro. À medida que envelhecemos, o cérebro encolhe, perdendo volume e alterando sua estrutura de dobras. E esse fenômeno é mais comum do que pensamos.

A perda de saúde cognitiva está intimamente ligada a danos no DNA, que Iadecola classifica como "inflamação de base". Isso resulta em uma capacidade comprometida do cérebro para eliminar resíduos nocivos, afetando tudo, desde a memória até o raciocínio.

Pesquisadores como David Rubinsztein, da Universidade de Cambridge, destacam a importância de eliminar proteínas residuais, um fator crucial no envelhecimento cerebral. As proteínas tau, por exemplo, estão associadas a doenças neurodegenerativas, como Alzheimer e demência, além da encefalopatia traumática crônica (ETC) ligada a impactos repetidos no cérebro. O estudo de Rubinsztein ressalta que a imunidade do cérebro diminui com a idade, contribuindo para a degradação cognitiva.

Infelizmente, a falta de consenso na comunidade científica sobre questões básicas do envelhecimento continua a ser um desafio. "O que é realmente envelhecimento? Como ele acontece?" – estas são perguntas que a humanidade debate há séculos, e Iadecola enfatiza a necessidade de pesquisas que abordem essas lacunas.

Por outro lado, há simbitos hábitos que podem retardar o envelhecimento cerebral e reduzir o risco de demência. Segundo Rubinsztein, a pesquisa nesse campo deve dar mais atenção aos cérebros saudáveis, não apenas aos que já apresentam declínio. Entre as dicas essenciais para manter a saúde do cérebro, estão:

Dicas para manter a saúde do cérebro

- **Praticar exercícios físicos regularmente e manter uma dieta equilibrada**; - **Reduzir a exposição a poluentes e evitar o fumo**; - **Combater o isolamento social para ter relacionamentos mais saudáveis**; - **Tratar problemas de visão e audição, que podem afetar a interação social e cognitiva**.

Iadecola acredita que a genética desempenha um papel fundamental no envelhecimento do cérebro desde a concepção, mas isso não significa que não tenhamos controle sobre nosso futuro. "Dietas e exercícios têm grande impacto na forma como envelhecemos, mas os genes ainda estabelecem limites", destaca.

É um fato: o envelhecimento é uma parte inevitável da condição humana, mas nossas escolhas podem influenciar a qualidade de vida até mesmo nos anos mais avançados. Não é preciso aceitar passivamente o declínio; com hábitos saudáveis, pode-se ter uma mente ativa e saudável por muito mais tempo. Não deixe sua mente envelhecer antes da hora!